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11/06/2013

Respondendo aos Mitos II – Programa Roda Viva

Respondendo aos Mitos II – Programa Roda Viva

Rede Pense Livre promove um debate amplo e qualificado sobre políticas de drogas. Fomos além e respondemos às principais afirmações e questões debatidas durante o programa do Roda Viva com o dr. Ronaldo Laranjeira, exibido pela TV Cultura no dia 20/05/20131 e preparamos o documento Respondendo aos Mitos II – Programa Roda Viva.
Este documento é baseado em pesquisas científicas nacionais e internacionais, relatórios de organizações internacionais e em experiências de outros países. As fontes e informações contidas neste documento são reconhecidas e amplamente utilizadas nos principais fóruns internacionais sobre política de drogas.

Para baixar o documento clique aqui.

10/06/2013

Congressmen Help Launch Drug War Exit Strategy Guide

Congressmen Help Launch Drug War Exit Strategy Guide


Bill Piper

Drug Policy Alliance, Director of National Affairs


On Thursday, the Drug Policy Alliance will release An Exit Strategy for the Failed War on Drugs. This comprehensive report contains 75 broad and incremental recommendations for legislative reforms related to civil rights, deficit reduction, law enforcement, foreign policy, sentencing and re-entry, effective drug treatment, public health, and drug prevention education. The guide will be released at a forum on the Hill cosponsored by Rep. Beto O'Rourke (D-TX) and Rep. Hakeem Jeffries (D-NY), both of whom fought for major drug policy reform at the local level before running for Congress and winning. This new generation of legislators has demonstrated that support for drug policy reform is no detriment to electoral success -- and in fact that it can be a key asset.
As a New York Assemblyman, Jeffries was a leader in opposing New York City's racially discriminatory marijuana arrest practices. He was the sponsor of legislation that would have ended arrests for possession of small amounts of marijuana for personal use. As an El Paso councilmember O'Rourke sponsored a resolution calling on the federal government to rethink the war on drugs. The resolution was unanimously supported by his colleagues on the council but vetoed by the mayor. Then-U.S.-Representative Silvestre Reyes threatened to withhold federal funding if the city adopted the resolution. O'Rourke subsequently ran against Reyes, an eight-term incumbent, and won his Congressional seat.
The Drug Policy Alliance's federal legislative guide does what the Obama administration has failed to do -- it lays out a roadmap for treating drug use as a health issue instead of a criminal justice issue. Upon taking office, President Obama announced that he would shift the federal government's drug control resources from a criminalization-centered approach to one based on public health. Drug Czar Gil Kerlikowske even announced that he would end the war on drugs: "Regardless of how you try to explain to people it's a 'war on drugs' or a 'war on a product,' people see a war as a war on them," he said. "We're not at war with people in this country."
This rhetoric, however, does not match the "lock 'em up" reality experienced in communities across the country, where the criminal justice system remains the primary means of addressing drugs. The Obama administration's budget continues to emphasize enforcement, prosecution and incarceration at home -- and interdiction, eradication and military escalation abroad. Even what the government does spend on treatment and prevention is overstated, as many of its programs are wasteful and counterproductive.
In 2011, the last year for which data are available, the U.S. arrested more than 1.5 million people for a drug law violation - and more than 80% of those arrests were for minor possession, not sales or manufacturing. On any given night, 500,000 people go to sleep behind bars in the U.S. for nothing more than a drug law violation.
Among the recommendations included in the Exit Strategy:
  • Allow states to reform their drug policies without federal interference.
  • Shift the focus of the federal drug budget from failed supply-side programs to cost-effective demand and harm reduction strategies.
  • Repeal federal mandatory minimum sentencing.
  • Repeal the federal syringe funding ban.
  • Eliminate federal possession and paraphernalia laws.
  • Declare a moratorium on creating new drug crimes, increasing existing drug sentences, or criminalizing more drugs.
  • Eliminate or cut drug war subsidies to the states to reduce incarceration and civil rights abuses.
  • Ensure the Patient Protection and Affordable Care Act's essential health benefit rule guarantees access to evidence-based drug treatment options, such as methadone and buprenorphine, in the plans offered in the individual and small group markets, both inside and outside the ACA Exchanges.
  • Establish federal funding for state, county, tribal and non-profit recipients who provide overdose prevention training and resources to communities.
  • Encourage and allow for the establishment of supervised injection facilities, which are proven internationally to save lives, save money and increase participation in drug treatment without increasing drug use.
It's time we developed a comprehensive strategy for dealing with substance misuse in the 21stcentury by focusing on what works and what doesn't. There are no perfect solutions to drug misuse and addiction, but it's time we put all options on the table.

Complete article, click here.

09/06/2013

Provar álcool antes dos 12 anos eleva em 60% risco de abuso na adolescência

Provar álcool antes dos 12 anos eleva em 60% risco de abuso na adolescência

Estudo da Unifesp foi feito com base em entrevistas com 17 mil adolescentes do ensino médio de 789 escolas públicas e privadas do Brasil.


Davi Lira - O Estado de S.Paulo
João tinha 11 anos quando experimentou vinho oferecido pelos pais, em 2008. Aos 15, foi a vez do primeiro pileque, causado pelo consumo excessivo de vodka com energético numa festa com amigos. "Agora, quando chego meio bêbado em casa minha mãe sabe que eu bebi, mas finge que não sabe", diz o jovem de 16 anos, aluno do 2.º ano do ensino médio de um colégio tradicional de São Paulo. Hoje, ele diz que consome frequentemente álcool com os colegas.
Antonio experimentou vinho com o tio aos 13 anos: 'Bebia golinhos, não passava disso' - Lucas Barros/Estadão
Lucas Barros/Estadão
Antonio experimentou vinho com o tio aos 13 anos: 'Bebia golinhos, não passava disso'
A primeira experiência do estudante com vinho pode explicar e até justificar o seu hábito de consumo atual. É o que revela uma pesquisa inédita da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) feita com base em entrevistas realizadas com 17 mil adolescentes do ensino médio de 789 escolas públicas e privadas de todo o País.
O estudo, feito pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid) da Unifesp, constatou que um simples gole ou experimentação de qualquer bebida alcoólica feita por crianças menores de 12 anos aumenta em 60% as chances de elas, quando adolescentes, consumirem álcool abusivamente.
"O contato que a criança tem com bebidas na infância pode não gerar apenas um adolescente que ocasionalmente fica de porre. Ela pode acabar adquirindo o padrão abusivo de consumo de álcool", afirma Zila Sanchez, professora do Departamento de Medicina Preventiva da Unifesp, uma das pesquisadoras responsáveis pelo estudo.
A pesquisa também constatou que, dentre os estudantes que afirmaram ter consumido algum tipo de bebida alcoólica na vida (82% dos entrevistados), 11% experimentaram antes dos 12 anos.
Para a nutricionista Camila Leonel, o consumo precoce tem um impacto claro na saúde do jovem. "O álcool causa modificações neuroquímicas, com prejuízos na memória, aprendizado e controle dos impulsos. O sistema nervoso dos menores ainda está em desenvolvimento", afirma.
E para evitar o contato inicial com a bebida não basta apenas que os pais proíbam o acesso ao álcool, segundo Ilana Pinsky, vice-presidente da Associação Brasileira de Estudo de Álcool e Drogas (Abead). "Se os pais têm o hábito de beber todos os dias para relaxar, por exemplo, não adianta conversar muito sobre como beber de forma responsável", diz ela.
Ilana critica a "enorme" quantidade de bebidas que há dentro dos lares de muitos brasileiros. "Os pais têm de ter cuidado com os bares que ficam dentro das próprias casas, para que as crianças não tenham acesso a eles", diz.
Na casa da empresária Cláudia Silva, que tem uma filha menor de idade, não há esse risco. "Aqui em casa é zero álcool. Nada disso de dar só um golinho para experimentar", diz a mãe.
Propaganda. Mesmo com o controle dos pais, há outros fatores que podem influenciar a entrada precoce do álcool na vida dos menores. "A propaganda de cerveja na televisão, mesmo não sendo direcionada à criança, influencia o consumo. Ela acaba se associando com atividades esportivas, coisas que o adolescente gosta", afirma Edgard Rebouças, coordenador do Observatório da Mídia da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e conselheiro do Instituto Alana.
Segundo a Ambev, uma das maiores empresas de bebidas do mundo, o consumo de bebidas por menores é algo que a marca quer evitar. "Esse lucro não nos interessa. Fazemos de tudo para que essa relação do menor com a bebida não aconteça", diz Ricardo Rolim, diretor de relações socioambientais da Ambev. Ele cita programas da empresa, como o Jovem Responsa, que, em parceria com 21 ONGs de todo o País, já levou orientações de consumo consciente a mais de 57 mil jovens direta e indiretamente.
Para Betânia Gomes, que pesquisou o tema na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (USP), faltam políticas públicas mais efetivas sobre a questão. "Precisamos de mais iniciativas oficiais de promoção e campanhas educativas para que esses meninos e meninas não comecem a beber tão cedo", diz a pesquisadora. 

Para ver o artigo do Estado de São Paulo completo, clique aqui.

05/06/2013

"Maconha pode ser a porta de saída para o crack", diz psiquiatra

"Maconha pode ser a porta de saída para o crack", diz psiquiatra


O psiquiatra, especialista em drogas, Dartiu Xavier da Silveira defende redução de danos no tratamento de dependência de crack

Somos um modelo de letalidade

Somos um modelo de letalidade

Por Shelley de Botton
Orlando Zaccone é delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Seu discurso surpreende pois defende abertamente, não apenas a descriminalização do usuário de drogas, mas a legalização de toda a cadeia de produção bem como o comércio e o consumo de todas as drogas. “Alguém seria tolo de defender hoje a proibição das bebidas alcoólicas?”, questiona.

Zaccone é autor do livro “Acionistas do nada: quem são os traficantes de drogas” e professor de Criminologia da Academia de Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (Acadepol) e foi coordenador do Núcleo de Controle de Presos da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro.
“A legalização das drogas surge como o único meio de racionalização de políticas públicas, que deverão sair do âmbito criminal para uma abordagem no campo da saúde pública, através de um processo de regulamentação da produção, comércio e consumo de todas as substâncias psicoativas, defende”
Orlando Zaccone é membro da LEAP Brasil, uma organização formada por integrantes das forças policiais e da justiça criminal que falam claramente sobre a falência das atuais políticas de drogas.
Ele foi um dos palestrantes durante o Congresso Internacional sobre Drogas, que aconteceu nos dias 3, 4 e 5 de maio em Brasília, onde concedeu esta entrevista ao blog da Rede Pense Livre.
Qual é o papel da LEAP Brasil?
O papel principal da LEAP Brasil hoje é colaborar com o debate sobre a legalização da produção, comércio e consumo de todas as drogas. Os agentes da lei fazem uma discussão junto a escolas, igrejas ou mesmo internamente junto à própria corporação policial e operadores do sistema de justiça criminal sobre a legalização pautados pela ideia de que, pior do que os efeitos negativos que as drogas e seu consumo podem trazer ao ambiente social, são os efeitos da proibição. Ou seja, mais pessoas morrem por causa da guerra contra as drogas do que propriamente pelo consumo dessas substâncias.
E como é a receptividade dos agentes da lei à ideia da legalização?
É semelhante ao que acontece na sociedade. Ao mesmo tempo que existem pessoas que têm espírito crítico e a mente aberta para tentar uma proposta que seja efetivamente saudável e produtiva para o ambiente social, existem pessoas que estão com a mente fechada e que ainda acreditam nos dogmas da proibição.
Qual é o maior efeito da política proibicionista?
A guerra às drogas é uma das principais responsáveis pelas mortes no Brasil. No Rio e em São Paulo foram produzidas quase mil mortes a partir de ações policiais em 2011, apesar de não haver pena de morte. O estado do Rio é um modelos para o melhor e para o pior do Brasil. Somos um modelo de letalidade.
De onde vêm esses números?
Uma pesquisa da Anistia Internacional verificou que em 20 países que praticam a pena de morte, foram produzidas menos mortes do que no Rio e em São Paulo a partir de ações policiais. Esta letalidade fica numa zona cinzenta porque ela tem legitimidade mas muitas vezes ela é forjada. Essa prática de homicídios é feita de uma forma sistemática a partir de agentes policiais e só poderá ser freada a partir da legalização.
E porque o combate às drogas no Brasil é tão letal?
Uma série de fatores históricos faz com que a guerra às drogas no Brasil adquira uma característica de letalidade e violência muito maior do que em outros países como a Argentina, por exemplo.
A política no Brasil é de matar traficante e não resolver o problema do tráfico. A lei aqui cria um estado de exceção onde, apesar de não haver pena de morte, se suspende a norma constitucional para que se possa matar algumas pessoas, no caso, identificadas como traficantes, que passam a ser seres “elimináveis”.
Levantar essa questão relativa ao traficante iria prejudicar o debate sobredescriminalização do usuário de drogas?
Pode ser, mas alguém tem que falar sobre isso. Só porque muitos defendiam a Lei do Ventre Livre porque era o mais viável na época, não invalida os que defendiam o fim da escravidão no Brasil.
A LEAP Brasil faz este papel?
É isso que a LEAP está tentando fazer. Propor um marco para a proposta da legalização que está muito à frente da chamada política do possível e apontar que não é descriminalizando que vai resolver o problema das drogas.
E digo mais, também não acredito que a legalização das drogas vai transformar nosso mundo em um mundo melhor. O mundo amanhã não vai ser melhor porque as pessoas vão ter acesso ao comércio legal de cocaína ou maconha. O que eu tento fazer na LEAP é um debate político sobre a justiça criminal que hoje aceita que algumas pessoas sejam indignas da vida.
E qual seria o melhor modelo de legalização?
Isso a gente vai ter que esperar para ver como o debate político vai se dar, inclusive no plano internacional. Depois do proibicionismo não existe nenhuma experiência de legalização no mundo. Uma das conclusões que a gente pode chegar é que, como a proibição se deu no plano internacional, a legalização também terá que passar pelos acordos internacionais. Acho muito difícil que um Estado nacional consiga trazer um marco de legalização no âmbito do seu território.

Para ver artigo completo do Pense livre, clique aqui.
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