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26/06/2013

Relatório Mundial sobre Drogas 2013 observa a estabilidade no uso de drogas tradicionais e aponta o aumento alarmante de novas substâncias psicoativas

Relatório Mundial sobre Drogas 2013 observa a estabilidade no uso de drogas tradicionais e aponta o aumento alarmante de novas substâncias psicoativas


A sessão especial de alto nível de Viena é um marco fundamental no caminho para a Revisão de Drogas das Nações Unidas em 2016

Viena, 26 de junho de 2013 - Em um evento especial de alto nível da Comissão de Narcóticos, o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) lançou hoje em Viena o Relatório Mundial sobre Drogas 2013. O evento especial de alto nível marca o primeiro passo no caminho para a revisão de alto nível da Declaração Política e Plano de Ação, que será realizada pela Comissão de Narcóticos em 2014. Além disso, em 2016 a Assembleia Geral das Nações Unidas realizará uma Sessão Especial sobre a questão das drogas.

Embora os desafios relacionados a drogas estejam surgindo a partir de novas substâncias psicoativas (NSP), o Relatório Mundial sobre Drogas 2013 aponta para a estabilidade no uso de drogas tradicionais. O relatório servirá como uma referência chave no caminho até a revisão de 2016.
O Diretor Executivo do UNODC, Yury Fedotov, disse: "Nós concordamos em um caminho para a nossa discussão em andamento. Espero que ele leve a uma afirmação da importância das convenções internacionais de controle de drogas, bem como a um reconhecimento de que as convenções são humanas, centradas nos direitos humanos e flexíveis. É necessária também uma ênfase firme na saúde, e devemos apoiar e promover alternativas de meios de subsistência sustentáveis​​. Além disso, é essencial reconhecer o importante papel desempenhado pelos sistemas de justiça criminal na luta contra o problema mundial das drogas e a necessidade de melhorar o trabalho contra precursores químicos".


Problemas emergentes com drogas

Comercializadas como "drogas lícitas" e "designer drugs", as NSP estão se proliferando num ritmo sem precedentes, criando desafios inesperado na área de saúde pública. Fedotov pediu uma ação conjunta para impedir a fabricação, o tráfico e o abuso dessas substâncias.

O número de NSP comunicadas pelos Estados-Membros para o UNODC subiu de 166 no final de 2009 para 251 em meados de 2012, um aumento de mais de 50%. Pela primeira vez, o número de NSP excedeu o número total de substâncias sob controle internacional (234). Como novas substâncias nocivas têm surgido com uma regularidade infalível no cenário das drogas, o sistema internacional de controle de drogas enfrenta agora um desafio devido à velocidade e à criatividade do fenômeno das NSP.

Este é um problema de drogas alarmante - mas as drogas são lícitas. Vendidas abertamente, inclusive através da internet, as NSP, que não passaram por testes de segurança, podem ser muito mais perigosas do que as drogas tradicionais. Os nomes pelos quais são conhecidas nas ruas, como "spice", "miau-miau" e "sais de banho" levam os jovens a acreditar que eles estão curtindo uma diversão de baixo risco. Dada a amplitude quase infinita de alterações da estrutura química das NSP, novas formulações estão ultrapassando os esforços para impor um controle internacional. Enquanto a aplicação da lei fica para trás, os criminosos têm sido rápidos em explorar este mercado lucrativo. Os efeitos adversos e o potencial viciante da maioria dessas substâncias não controladas são, na melhor das hipóteses, pouco conhecidos.

Em resposta à proliferação das NSP, o UNODC lançou um sistema de alerta antecipado, que permitirá que a comunidade global monitore o aparecimento das NSP e tome medidas apropriadas.


Panorama global

Enquanto o uso de drogas tradicionais, como a heroína e a cocaína, parece estar em declínio em algumas partes do mundo, o abuso de medicamentos de prescrição e de novas substâncias psicoativas está crescendo. Na Europa, o consumo de heroína parece estar em declínio. Enquanto isso, o mercado de cocaína parece estar se expandindo na América do Sul e nas economias emergentes da Ásia. O uso de opiáceos (heroína e ópio), por outro lado, continua estável (cerca de 16 milhões de pessoas, ou 0,4% da população entre 15 e 64 anos), apesar de uma alta prevalência de uso de opiáceos relatada no Sudoeste e Centro da Ásia, Sudeste e Leste da Europa e América do Norte.

A África está emergindo como um destino para o tráfico, bem como para a produção de substâncias ilícitas, embora os dados disponíveis sejam escassos. Fedotov pediu apoio internacional para monitorar a situação e evitar que o continente se torne cada vez mais vulnerável ​​ao tráfico de drogas e ao crime organizado. Há também uma necessidade de ajudar o grande número de usuários de drogas que são vítimas dos efeitos colaterais do tráfico de drogas através do continente.

Novos dados revelam que a prevalência de pessoas que injetam drogas e também vivem com HIV em 2011 foi menor do que o estimado anteriormente: a estimativa é de que 14 milhões de pessoas entre as idades de 15 e 64 anos usem drogas injetáveis, enquanto 1,6 milhões de pessoas que injetam drogas também vivem com HIV. Essas estimativas revisadas são 12% mais baixas para o número de pessoas que injetam drogas e 46% mais baixas para o número de pessoas que injetam drogas e vivem com HIV. Essas mudanças são resultado da revisão de estimativas em países que adquiriram novos dados de vigilância comportamental desde as estimativas anteriores, que foram feitas em 2008.

Em termos de produção, o Afeganistão manteve a sua posição como o maior produtor e cultivador de ópio a nível mundial (75% da produção de ópio ilícito global em 2012). A área global de cultivo da papoula de ópio atingiu 236.320 ha, 14% mais do que em 2011. No entanto, por causa de uma safra de baixo rendimento devido a uma doença que afeta a planta da papoula no Afeganistão, a produção mundial de ópio caiu para 4.905 toneladas em 2012, 30% menos do que no ano anterior e 40% menos do que no ano de pico de 2007.

As estimativas da quantidade de cocaína fabricada variou de 776 a 1.051 toneladas em 2011, praticamente inalterada em relação ao ano anterior. As maiores apreensões de cocaína do mundo - não ajustada para pureza - continuam a ser relatadas na Colômbia (200 toneladas) e nos Estados Unidos (94 toneladas). O uso de cocaína continua caindo nos Estados Unidos, o maior mercado de cocaína do mundo. Em contrapartida, aumentos significativos nas apreensões têm sido observados na Ásia, Oceania, América Central e do Sul e no Caribe em 2011.

O uso de estimulantes do tipo anfetamínico (ATS, na sigla em inglês), excluindo o ecstasy, continua a ser generalizada a nível mundial e parece estar aumentando na maioria das regiões. Em 2011, cerca de 0,7% da população mundial com idade entre 15 e 64 anos (33,8 milhões de pessoas) tinham usado ATS no ano anterior.

A prevalência de ecstasy em 2011 (19 milhões de pessoas, ou 0,4% da população) foi menor do que em 2009. No entanto, a nível global, as apreensões de ATS subiram para um novo recorde de 123 toneladas em 2011, que é 66% maior do que em 2010 (74 toneladas) e o dobro do valor de 2005 (60 toneladas).
Metanfetaminas continuam a dominar o negócio de ATS, correspondendo a 71% das apreensões globais de ATS em 2011. Comprimidos de metanfetamina permanecem como o ATS predominante no Lete e Sudeste Asiático: 122,8 milhões de comprimidos foram apreendidos em 2011, embora esse número represente um declínio de 9% em relação a 2010 (134,4 milhões de comprimidos). As apreensões de metanfetamina cristalizada, no entanto, aumentou para 8,8 toneladas, o nível mais alto nos últimos cinco anos, indicando que a substância é uma ameaça iminente. O México registrou suas maiores apreensões de metanfetamina, mais do que dobrando dentro de um ano, partindo de 13 toneladas para 31 toneladas, o que representa umas das maiores apreensões relatadas globalmente.

A cannabis continua a ser a substância ilícita mais utilizada. Enquanto o uso de cannabis tem claramente diminuído entre os jovens na Europa durante a última década, houve um pequeno aumento na prevalência de usuários de cannabis (180 milhões, ou 3,9% da população entre 15 e 64 anos), em comparação com as estimativas anteriores em 2009.

Para mais informações, por favor contate:
Ana Paula Canestrelli
Assessora de Comunicação
Escritório de Ligação e Parceria do UNODC no Brasil
Tel: +55 (61) 3204-7206 / +55 (61) 8143-4652
anapaula.canestrelli@unodc.org
Acesse os documentos do relatório: 
Relatório Mundial sobre Drogas 2013 ( Inglês)
Hotsite do Relatório Mundial sobre Drogas 2013 ( Inglês)
Sumário Executivo ( InglêsEspanholPortuguês)
Referências ao Brasil ( Português)
Referências à Argentina ( Inglês)
Referências ao Paraguai ( Inglês)
Referências ao Uruguai ( Inglês)
Mensagem do Secretário-geral da ONU Ban Ki-moon ( InglêsEspanholPortuguês)
Declaração do Diretor Executivo do UNODC Yury Fedotov ( InglêsEspanholPortuguês)

21/06/2013

Mais da metade dos adolescentes brasileiros já provou bebida alcoólica

Mais da metade dos adolescentes brasileiros já provou bebida alcoólica

Pesquisa do IBGE feita com estudantes mostra ainda que 31,7% deles tomou a primeira dose com 13 anos ou menos, e 21,8% tiveram episódios de embriaguez

Pollyane Lima e Silva
Álcool: Segundo estudo americano, ter amigo próximo que bebe é o principal fator de risco para que um jovem experimente bebida alcoólica
(Thinkstock)
Álcool, cigarro e outras drogas estão presentes desde o início da adolescência da metade dos brasileiros. Um estudo divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que mais da metade (50,3%) desses jovens já tomou ao menos uma dose de bebida alcoólica – o que corresponde a uma lata de cerveja, uma taça de vinho ou uma dose de cachaça ou uísque. A Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PeNSE) 2012 entrevistou 109.104 estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental (antiga 8ª série), de um universo de 3.153.314, grupo no qual 86% dos integrantes têm entre 13 e 15 anos. As meninas são maioria na hora de experimentar: 51,7%, ante 48,7% entre os meninos. Os pesquisadores perguntaram, apenas aos entrevistados com 15 anos, quando havia sido a primeira experiência com bebida, e 31,7% deles responderam que a primeira dose veio antes dos 13 anos.
Também foi investigado o consumo habitual de álcool entre esses adolescentes, e 26,1% deles disseram ter bebido nos 30 dias anteriores à pesquisa, com uma participação equivalente de meninos e meninas. A forma como se consegue a bebida pode explicar o alto consumo por parte das adolescentes do sexo feminino. Cabe aos meninos, em geral, comprar o produto: 21,9% deles adquirem o álcool em mercados, lojas, bares ou supermercados – apesar de a legislação do país proibir a venda para menores de 18 anos. Elas, por sua vez, ganham sua dose geralmente em festas (44,4%) ou encontros com amigos (23%). Mas um dado que chama a atenção também é que 10,2% do total encontra bebida na própria casa.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) lembra que “o consumo excessivo de bebida alcoólica na adolescência está associado a insucesso escolar, acidentes, violência e outros comportamentos de risco, como tabagismo, uso de drogas ilícitas e sexo desprotegido”. Parte dessas consequências também está comprovada no estudo do IBGE. Entre os jovens que bebem regularmente, 21,8% já protagonizaram algum episódio de embriaguez. A proporção é maior entre os estudantes da rede pública (22,5%) do que das escolas privadas (18,6%). Considerando apenas as capitais brasileiras, houve um aumento neste índice, de 22,1% em 2009 para 24,3% em 2012. Além disso, 10% deles revelam que já tiveram problemas com família ou amigos, que faltaram às aulas ou que se envolveram em brigas por causa do álcool.
Cigarro – A OMS também destaca que grande parte dos adultos inicia maus hábitos ainda na adolescência. O cigarro é um exemplo clássico. A PeNSE 2012 mostrou que 19,6% dos jovens entrevistados já fumou pelo menos uma vez. O índice é maior entre os estudantes de escolas públicas (20,8%) do que na rede privada (13,8%). Considerando-se somente as capitais, o porcentual sobe para 22,3%, mas representa uma pequena redução em relação ao estudo de 2009, quando o registrado foi 24,2%. “Isso nos permite constatar que o consumo de cigarro é maior nas grandes cidades do que no interior do país”, enfatiza Marco Antônio de Andreazzi, gerente de Estatísticas de Saúde do IBGE.
Na comparação com um levantamento internacional feito pela OMS, porém, o Brasil aparece abaixo da média verificada em 41 países da Europa e América do Norte. A Pesquisa de Comportamento de Saúde em Crianças em Idade Escolar (HBSC, na sigla em inglês), feita também em 2012, mostra que 24% dos jovens de 15 anos experimentaram cigarro com idade igual ou inferior a 13 anos. No Brasil, esse índice ficou em 15,4%. Já os fumantes considerados habituais no país representam 5,1% do total de adolescentes que respondeu ao estudo do IBGE. E esse número pode ser ainda maior se considerados outros derivados do tabaco, como cigarro de palha, charuto e o popular narguilé: 4,8% dos estudantes se dizem consumidores regulares desses produtos.
O mau exemplo, muitas vezes, é visto na própria família, apontado na pesquisa como “fator de risco ou de proteção para o consumo do tabaco”. No Brasil, 59,9% disseram conviver com quem fuma e 29,8% têm pelo menos um dos responsáveis fumante. Em ambos os casos, as meninas são mais vulneráveis do que os meninos, e os adultos viciados estão mais presentes entre os alunos de escolas públicas do que de privadas. E desde cedo descobrem que não é fácil se livrar da dependência da nicotina. Entre os jovens que fumaram nos 12 meses anteriores à pesquisa, a grande maioria (65,4%) já tinha tentado largar o cigarro.
Entorpecentes – O caminho às drogas ilícitas também é aberto nesta fase. Maconha, cocaína, crack, cola, loló, lança perfume e ecstasy já foram usados por 7,3% dos adolescentes. Neste caso, a participação dos meninos é maior (8,3%) do que a das meninas (6,4%), mas o índice continua mais elevado entre os estudantes da rede pública (7,5%) do que da privada (6,5%). Considerando apenas os entrevistados de 15 anos de idade, 2,6% começaram a usar alguma dessas drogas antes dos 13. Assim como observado no caso do cigarro, o porcentual também sobe, para 9,9%, no recorte das capitais brasileiras – e neste ponto, houve aumento de 1,2 ponto porcentual em relação a 2009.
O estudo também reforça a alta popularidade da maconha. Entre os adolescentes brasileiros que disseram ter usado droga ilícita ao menos uma vez na vida, 34,5% fumaram maconha. É mais do que o dobro do índice verificado no estudo HBSC, da OMS, segundo o qual 17% dos jovens de 15 anos entrevistados em 41 países afirmaram ter provado maconha. Já o crack foi experimentado por 6,4% desses jovens. De todos os estudantes entrevistados, 0,5% disseram ser consumidores atuais da pedra. “Esse índice representa mais de 15.760 adolescentes, o que é bastante expressivo, considerando-se que o crack é uma droga muito agressiva”, destaca Andreazzi.
Sexo – A iniciação sexual também acontece cedo: 28,7% dos estudantes não eram mais virgens na data da PeNSE (realizada entre abril e setembro de 2012). Entre os meninos, a proporção é duas vezes maior do que no grupo de meninas – 40,1% ante 18,3%. A pesquisa mostra que, se o sexo começa cedo, pelo menos a preocupação com o sexo seguro não está esquecida. Setenta e cinco por cento afirmam ter usado preservativo na última relação sexual, índice que se manteve praticamente inalterado na comparação com o levantamento anterior. A orientação sobre o tema também se mostra satisfatória. Quase 90% dos entrevistados disse ter recebido informações sobre doenças sexualmente transmissíveis e aids na escola, tanto na rede pública quanto na privada.

Artigo completo da Veja, clique aqui.

18/06/2013

Liberação medicinal da maconha não induz uso em adolescente, diz estudo

Liberação medicinal da maconha não induz uso em adolescente, diz estudo.

Economistas de três universidades americanas analisaram dados sobre o consumo de maconha por adolescentes entre 1993 e 2009 e descobriram que, apesar de o uso ter crescido desde 2005, não há evidências entre a legalização da marijuana para fins medicinais no país e o aumento do vício entre alunos do ensino médio.
Homem manipula plantação de maconha com fins medicinais em Denver, no Colorado, estado onde o uso é aprovado para aliviar a dor. Só no condado de Denver, um a cada 41 moradores, ou 600 mil pessoas, está registrado como paciente medicinal de maconha (Foto: Rick Wilking/Reuters)

Os pesquisadores das universidades do Colorado, em Denver, do Oregon e de Montana examinaram dados nacionais de estudantes que participaram da Pesquisa de Comportamento de Risco Juvenil, que integra informações de 13 estados – Alasca, Califórnia, Colorado, Havaí, Maine, Nevada, Oregon e Washington – no período em que cada um legalizou a maconha para uso terapêutico.
Outros 17 estados e o distrito de Colúmbia, onde fica a capital dos EUA, Washington D.C., já têm leis desse tipo. Em outros sete estados, a legislação sobre o tema ainda está pendente.
Segundo o professor assistente de economia Benjamin Hansen, da Universidade do Oregon, o resultado do estudo é importante, pois recentemente o governo federal intensificou os esforços para fechar locais onde existe maconha medicinal. O pesquisador diz que, muitas vezes os dados chegam a mostrar até uma relação negativa entre a legalização e o uso da maconha.
Autoridades federais, que incluem o diretor do escritório da Política Nacional para o Controle de Drogas, argumentam que a legalização da maconha para o alívio da dor tem contribuído para o recente aumento no consumo entre os adolescentes nos EUA. O governo tem como principais alvos as farmácias que operam em um raio de 300 metros de escolas, parques e playgrounds.
Os dados de 2011 do relatório "Monitoramento dos resultados nacionais sobre o uso de drogas em adolescentes", elaborado anualmente pelo Instituto para Pesquisa Social da Universidade de Michigan, revelam que o consumo de maconha por alunos entre 10 e 12 anos aumentou nos últimos três anos, com cerca de um em 15 usuários diários ou quase diários. O relatório, citado no estudo dos economistas, entrevistou 46.700 estudantes em 400 escolas do ensino médio.
Para ver artigo completo, clique aqui.

15/06/2013

Publicidade de cigarro aumenta chances de adolescente começar a fumar, confirma estudo

Publicidade de cigarro aumenta chances de adolescente começar a fumar, confirma estudo

Segundo pesquisa, quanto maior a quantidade de anúncios de cigarro que um jovem vê, mais elevado é o seu risco de se tornar um fumante


A cada dez anúncios publicitários de cigarro que um adolescente vê, o seu risco de começar a fumar aumenta 40%. Além disso, as chances de que ele passe a fumar diariamente se tornam 30% mais elevadas. É o que concluiu um novo estudo feito no Instituto para Pesquisa em Saúde e Terapia da Alemanha que monitorou jovens não fumantes ao longo de dois anos e meio. As conclusões foram publicadas nesta quarta-feira no periódico BMJ Open.

A pesquisa começou em 2008, quando 1.320 adolescentes de 10 a 15 anos de idade que nunca haviam fumado foram questionados sobre a frequência com que haviam visto os anúncios publicitários que os pesquisadores lhes mostraram. A equipe incluiu imagens das seis maiores marcas de cigarro da Alemanha e de outros oito produtos, como de chocolates, roupas, celulares e carros.
Dois anos e meio depois, os pesquisadores perguntaram a mesma coisa aos mesmos jovens. Além disso, os participantes relataram se haviam começado a fumar e, caso a resposta fosse afirmativa, com que frequência e qual a quantidade que haviam fumado desde 2008.
De acordo com o estudo, um em cada três adolescentes afirmou ter fumado nesse período de dois anos e meio, e um em dez participantes disse ter fumado no último mês. Além disso, 5% dos jovens afirmaram ter consumido mais de 100 cigarros desde o início do estudo e 5% disseram que fumavam todos os dias.
Influência dos amigos — Os pesquisadores também observaram que o fator que exerce maior influência para que um adolescente comece a fumar é ter algum amigo que fuma. Em segundo lugar está a exposição à publicidade de cigarro – e quanto maior é essa exposição, maiores as chances de o jovem começar a fumar. Os jovens que afirmaram ter visto o maior número de anúncios de cigarro demonstraram ser até duas vezes mais propensos a fumar do que aqueles que viram menos anúncios.
"Os dados desse estudo apoiam a proibição de publicidade de cigarros, pois a exposição a propagandas de tabaco pode prever a iniciação no tabagismo", afirmam os autores.

Para ver o artigo da Veja, clique aqui.

14/06/2013

Antiretroviral prophylaxis for HIV infection in injecting drug users in Bangkok, Thailand (the Bangkok Tenofovir Study): a randomised, double-blind, placebo-controlled phase 3 trial

Antiretroviral prophylaxis for HIV infection in injecting drug users in Bangkok, Thailand (the Bangkok Tenofovir Study): a randomised, double-blind, placebo-controlled phase 3 trial.

Kachit Choopanya MD aDr Michael Martin MD b c Corresponding AuthorEmail AddressPravan Suntharasamai MD aUdomsak Sangkum MD aPhilip A MockMAppStats bManoj Leethochawalit MD dSithisat Chiamwongpaet MD dPraphan Kitisin MD dPitinan Natrujirote MD dSomyot Kittimunkong MD eRutt Chuachoowong MD bRoman J Gvetadze MD cJanet M McNicholl MD b cLynn A Paxton MD cMarcel E Curlin MD b cCraig W Hendrix MD fSuphak Vanichseni MD afor the Bangkok Tenofovir Study Group

Summary

Background
Antiretroviral pre-exposure prophylaxis reduces sexual transmission of HIV. We assessed whether daily oral use of tenofovir disoproxil fumarate (tenofovir), an antiretroviral, can reduce HIV transmission in injecting drug users.
Methods
In this randomised, double-blind, placebo-controlled trial, we enrolled volunteers from 17 drug-treatment clinics in Bangkok, Thailand. Participants were eligible if they were aged 20—60 years, were HIV-negative, and reported injecting drugs during the previous year. We randomly assigned participants (1:1; blocks of four) to either tenofovir or placebo using a computer-generated randomisation sequence. Participants chose either daily directly observed treatment or monthly visits and could switch at monthly visits. Participants received monthly HIV testing and individualised risk-reduction and adherence counselling, blood safety assessments every 3 months, and were offered condoms and methadone treatment. The primary efficacy endpoint was HIV infection, analysed by modified intention-to-treat analysis. This trial is registered with ClinicalTrials.gov, number NCT00119106.
Findings
Between June 9, 2005, and July 22, 2010, we enrolled 2413 participants, assigning 1204 to tenofovir and 1209 to placebo. Two participants had HIV at enrolment and 50 became infected during follow-up: 17 in the tenofovir group (an incidence of 0·35 per 100 person-years) and 33 in the placebo group (0·68 per 100 person-years), indicating a 48·9% reduction in HIV incidence (95% CI 9·6—72·2; p=0·01). The occurrence of serious adverse events was much the same between the two groups (p=0·35). Nausea was more common in participants in the tenofovir group than in the placebo group (p=0·002).
Interpretation
In this study, daily oral tenofovir reduced the risk of HIV infection in people who inject drugs. Pre-exposure prophylaxis with tenofovir can now be considered for use as part of an HIV prevention package for people who inject drugs.
Funding
US Centers for Disease Control and Prevention and the Bangkok Metropolitan Administration.
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