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12/09/2013

Lindsay trocou vício em drogas por vício em compras

Lindsay trocou vício em drogas por vício em compras

De acordo com informações do site Radar Online, em clínica, a atriz chegava a gastar até 5 000 dólares em compras online para ela e seu 'affaire'

Para compensar a falta de álcool e drogas, a atriz Lindsay Lohan se afundou em outro vício nos três meses que passou internada em uma clínica de reabilitação em Malibu, nos Estados Unidos. Segundo o site Radar Online, a atriz passou a comprar compulsivamente em lojas online, chegando a gastar, por dia, cerca de 5 000 dólares.
"Lindsay passava o dia todo fazendo compras online. Era como um vício. Ela comprava até 5 000 dólares por dias sem problema algum. A maior parte do dinheiro era gasta em roupas ", disse uma fonte que estava internada na mesma clínica ao site. "Os pacientes e a equipe da clínica começaram a se irritar com a quantidade de caixas que chegavam, até que o local ficou sem espaço para armazenar as coisas dela. Então, informaram a Lindsay que ela não podia mais comprar nada. Foi uma loucura."
A atriz, no entanto, não pagou um centavo pelas compras, segundo dizia na clínica. "Ela ficava se gabando de um cara muito rico de Nova York que a deixava usar seu cartão de crédito. Nunca perguntamos a ela quem ele era ou porque podia fazer isso, mas ela não hesitava em gastar o dinheiro dele no que quisesse", disse a fonte.

Ainda de acordo com o Radar Online, no período em que permaneceu na clínica, Lindsay teve um caso com um rapaz, a quem também mimava com compras feitas na internet. "O cara foi legal com ela, mas era tudo mentira. Falava mal dela pelas costas, e Lindsay basicamente comprou o afeto dele. Certa vez, ela lhe comprou sete pares de sapatos de uma vez só", contou a fonte.
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10/09/2013

TEM PALHAÇO NO PROAD

TEM PALHAÇO NO PROAD
Flávio Falcone


Há 7 meses, colaboro com o acolhimento do PROAD atendendo adultos que enfrentam a problemática da dependência química. Minha ferramenta de trabalho é a arte do riso. Utilizo técnicas de treinamento de palhaço para oferecer aos pacientes uma possibilidade de se renovar o olhar para suas vidas.

O treinamento do palhaço passa pelo entendimento de que tudo é risível e  revela o estado de graça de todas as coisas. O palhaço expressa a perplexidade da criança diante do mundo. Um estado em que não há julgamento moral. Onde todos os tabus deixam de ser uma ameaça e se tornam inofensivos. A sensação provocada por uma gargalhada é a de plenitude, de gozo, de satisfação. É a conciliação entre os opostos da consciência (bem/mal, certo/errado, masculino/feminino).
Para a psicologia analítica, o riso mobiliza o contato da consciência com a função transcendente, pois no riso o homem se funde ao seu estado de origem “divina” e primitiva. Muitos comparam esse estado com a sensação do útero materno. É o retorno ao mundo do sagrado, do numinoso, cuja plenitude se confunde com a do estado primordial. É o avesso do cotidiano, a ruptura com as atividades sociais, o esquecimento do profano, um contato revigorante com o mundo dos deuses e dos demônios que controlam a vida.
Para o autor Edward Edinger, a experiência do numinoso é de extrema importância em processos de transformação psíquica. O contato com o estado primitivo é o contato com o estado de pura potencialidade, de onde pode uma nova forma ou atualidade surgir. Segundo Edinger, “os aspectos fixos e desenvolvidos da personalidade não permitem mudanças. São sólidos, estabelecidos e certos de sua correção. Somente a condição original – indefinida, fresca e vital, mas vulnerável e insegura -, simbolizada pela criança, esta aberta ao desenvolvimento e, portanto, viva.”(1)       

Para muitas pessoas, o uso de drogas esta associado a uma busca pela experiência da transcendência, pelo estado de prazer semelhante ao da fusão com o útero materno. O acolhimento de palhaço no PROAD busca atender a essa necessidade criativamente, oferecendo a experiência do retorno à infância através de exercícios cômicos. A arte do palhaço favorece a expressão de conteúdos inconscientes e faz com que o riso vença o medo de lidar com os aspectos sombrios da personalidade. Segundo Frederico Fellini, “no circo, através do palhaço, a criança pode imaginar que faz tudo o que está proibido, se vestir de mulher, armar surpresas, gritar, dizer em voz alta tudo o que pensa. No circo ninguém te repreende.  Pelo contrário, te aplaudem.”(2)
A psiquiatra Carmen Santana dá seu depoimento sobre o palhaço no seguinte texto: “no palhaço encontro, encarnada e restaurada, uma dimensão positiva e criadora do riso, que faz renascer um mundo múltiplo e fervilhante. É ele o risonho porteiro do circo que, com seu humor, nos convida para o espetáculo da vida, espetáculo de um mundo convertido em picadeiro. (...) Á medida que o palhaço incorpora, pela ação, pantomima e palavra, a coexistência de realidades opostas da vida, jogando, tateando, brincando, com estas oposições sem tentar reconcilia-las, ele nos conecta com a mobilidade do mundo mais que com sua estrutura, com o acontecer ininterrupto, mais que com a sucessão de instantes fotografados e encerrados nos limites de uma moldura. Deslizando com o palhaço em seu viver, temos estado a descobrir no mundo a sua vibração, sua graça, sua palhacice. (...) A presença do palhaço é transformadora, pois reinventa, a todo instante, nosso olhar para a vida. Por ver o mundo pelo grotesco é inofensivo e alegre, nele o medo é vencido pelo riso.”(3)



Referências:

(1)                                 Edinger, Edward F. (2006). Anatomia da Psique: o simbolismo alquímico na psicoterapia”. São Paulo, Ed. Cultrix, pág. 31
(2)                                 Fellini, F. (2004). Fazer um Filme. Rio de Janeiro, Ed. Civilização Brasileira, pág.185.
(3)                                 Sampaio, C.P. (1993). Entre Palhaços e Capitães. Junguiana Rev. Brasileira de Psicologia Analítica, no. 10, pág. 38 – 45.


04/09/2013

O papa é mesmo pop? Traços conservadores no discurso sobre drogas



O papa é mesmo pop? Traços conservadores no discurso sobre drogas

Renato Rossi

Na recente visita do novo papa ao Brasil, muito foi questionado a ele sobre diversos temas polêmicos e muitas declarações foram dadas. Relacionamentos homossexuais, protestos pelo Brasil e, sim, o crescente problema relacionado a drogas e a dependência química pelo mundo.
Na visita do papa Francisco ao Brasil, durante a inauguração do Pólo de Atendimento a Dependentes Químicos, do Hospital São Francisco de Assis no Rio de Janeiro, ele realizou um discurso em relação à problemática das drogas que causou certa surpresa. Com um enfoque bastante conservador e defendendo linhas de pensamento um tanto quanto ultrapassadas. O lado “pop” do papa ficou em xeque.
Retrospectivamente, os Estados Unidos encabeçaram a polêmica “War on Drugs” (Guerra às Drogas), com o objetivo de eliminar as drogas do mundo. Muitos países aderiram a essa visão e seu fracasso foi compartilhado. Alternativamente, a visão política de “Harm Reduction” (Redução de Danos) tem tido crescente abrangência no mundo, principalmente na América Latina e Europa. A Redução de Danos tem uma visão realista de que o problema não são as drogas, mas a relação disfuncional entre os dependentes e as substâncias. Além disso, percebeu-se que muitos dos danos a dependentes e usuários são decorrentes da rigidez das políticas proibicionistas e da criminalização indiscutível das drogas. Dessa forma, sua visão tem um compromisso com práticas de respeito à vida, procurando minimizar/resolver os problemas decorrentes do uso de substâncias e propor políticas humanitárias de forma alternativa.
É possível perceber que essa visão vanguardista é diferente de um “liberou geral”, uma vez que reconhece as consequências da dependência química e propõe formas pragmáticas para sua resolução. E é justamente nesse ponto que o discurso feito pelo papa Francisco se equivoca. Políticas antiproibicionistas não são políticas incentivadoras ao uso, mas estratégias de saúde pública que vêm ganhando espaço no mundo de forma crescente.
O que me preocupa é justamente as repercussões desse ponto. Em outras áreas, o novo papa tem se mostrado uma figura humanista e carismática, com posicionamentos bastante novos em relação a, por exemplo, relacionamentos homossexuais e ateísmo. Um discurso com preceitos falhos e decadentes feito por uma figura vanguardista pode passar uma imagem falsa sobre os posicionamentos desse debate.
E isso se torna mais complicado nesse momento do nosso país. Mesmo contra recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde) e da OPAS (Organização Panamericana da Saúde), vem crescendo uma visão de foco no tratamento em internações, sobretudo involuntárias e compulsórias. Algo que é previsto em lei com o objetivo de ser usado para dependência química em casos pontuais que se mostrariam exceção está se tornando o principal direcionamento do tratamento. Propostas de tratamento com foco na atenção psicossocial que se realizariam no próprio ambiente do indivíduo vêm ficando em segundo plano, dando lugar a esse antigo ambiente de restrição de direitos maquiado como proposta inovadora.
O discurso não está todo voltado para a involuntariedade, e gostaria de citar um trecho que, em especial, se mostrou bastante engajado com uma proposta humanista: “Estendamos a mão a quem vive em dificuldade, a quem caiu na escuridão da dependência, talvez sem saber como, e digamos-lhe: você pode se levantar, pode subir; é exigente, mas é possível se você o quiser. Queridos amigos, queria dizer a cada um de vocês, mas sobretudo a tantas outras pessoas que ainda não tiveram a coragem de empreender o mesmo caminho de vocês: você é o protagonista da subida; esta é a condição imprescindível!”
Prefiro pensar que o papa está mal orientado no tema, e que perceberá as grandes diferenças entre os benefícios do antiproibicionismo e o incentivo ao consumo de drogas, e entre ações voltadas para a vida e a facilitação da ação dos ditos “mercadores da morte”.
Links sugeridos:
Harm Reduction Coalition: harmreduction.org
Blog do PROAD (Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes): blogdoproad.blogspot.com
Discurso na íntegra do papa Francisco: http://www.agora.uol.com.br/saopaulo/2013/07/1316372-leia-a-integra-do-discurso-do-papa-no-hospital-sao-francisco-de-assis-no-rio.shtml
Revisado por Flancieni Ferreira

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03/09/2013

Prefeitura de Belo Horizonte admite entregar canudos para moradores de rua

Prefeitura de Belo Horizonte admite entregar canudos para moradores de rua

Em nota, prefeitura informa que segue política do Ministério da Saúde; pasta nega orientação


Objetivo da distribuição seria evitar transmissão de doenças virais, como Aids e hepatites
Objetivo da distribuição seria evitar transmissão de doenças virais, como Aids e hepatites

A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) confirmou que, como O TEMPO tinha publicado em sua edição de ontem, distribui canudos de plástico a usuários de drogas que vivem nas ruas da capital. O objetivo seria evitar o compartilhamento do material e a transmissão de doenças virais, como Aids e hepatites, através de feridas nas mucosas nasais. A prática é alvo de representação apresentada na tarde de ontem ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) pela ONG Defesa Social, uma das cinco entidades credenciadas pelo programa Aliança pela Vida, do governo do Estado. A ONG alega que a distribuição facilita o uso da cocaína.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde alegou que segue a política do Ministério da Saúde de redução de danos no atendimento aos dependentes químicos. Já a pasta negou, por meio de assessoria de imprensa, que desenvolva hoje atividades ligadas à política ou que oriente a distribuição do canudo. Nem mesmo a portaria lançada pelo ministério em 2005, com as bases da política de redução de danos, embasa a PBH, já que a distribuição de “insumos” está prevista, mas o uso dos canudos não é citado.

Procurada para comentar o posicionamento do Ministério da Saúde, a secretaria não tinha se posicionado até a noite de ontem.

Polêmica. A política de redução de danos e a distribuição dos itens dividem opiniões das entidades envolvidas na abordagem aos usuários que vivem nas ruas. O Centro de Recuperação de Dependência Química, de orientação evangélica, já adiantou que não irá assinar o manual preparado pela secretaria para orientar as equipes no atendimento, conforme as práticas já adotadas nos consultórios de rua.


O diretor do centro, Wellington Vieira, afirma que a política não pode ser imposta pela prefeitura como única estratégia de abordagem. “Nossa vontade era que a secretaria apoiasse o nosso trabalho. Há mais de 13 anos, estamos na rua oferecendo possibilidades de tratamento. De cada dez usuários que atendemos, sete querem sair do vício”, diz.

Já a coordenadora da Associação Brasileira Comunitária para a Prevenção do Abuso de Drogas, Luciana Matias, acredita que a distribuição de insumos é apenas uma ponta da política, que pode ser usada para criar vínculos com dependentes. “Pode ser uma forma de ganhar a confiança (do dependente) e criar abertura para o diálogo”, disse. Ainda segundo Luciana, a entidade irá assinar o manual, mas vai propor detalhamento das situações em que os materiais devem ser entregues. 

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02/09/2013

Consumo de álcool antes da primeira gravidez aumenta o risco de câncer de mama

Consumo de álcool antes da primeira gravidez aumenta o risco de câncer de mama

A bebida alcoólica já havia sido relacionada anteriormente à doença, mas nova pesquisa revelou que o período entre a primeira menstruação e a primeira gravidez pode deixar a mulher mais vulnerável ao câncer

Mulher e álcool
Bebida perigosa: Beber mais de duas doses de álcool por dia aumenta em mais de 30% o risco de câncer de mama(Thinkstock)
Embora estudos científicos já tenham associado o consumo de bebida alcoólica ao câncer de mama, um novo dado pode facilitar a compreensão dessa relação. De acordo com pesquisa publicada nesta quarta-feira, mulheres que bebem álcool no período compreendido entre a primeira menstruação e a primeira gravidez correm maior risco de ter a doença do que aquelas que passam a beber somente depois da primeira gestação. Para os autores, é possível que isso aconteça pois os tecidos mamários são particularmente sensíveis ao processo de formação do câncer. 
O estudo, feito na Faculdade de Medicina da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, está presente na nova edição do periódico Journal of the National Cancer Institute. Ele se baseou nos dados de 91.005 mulheres que deram à luz quando tinham de 25 a 44 anos e que nunca haviam apresentado câncer. As participantes responderam a um questionário sobre consumo de álcool e estilo de vida em 1989 e voltaram a ser avaliadas vinte anos depois.
Quantidade perigosa — Ao final da pesquisa, foram registrados 1.609 casos de câncer de mama. O estudo descobriu que mulheres que ingeriam pelo menos 15 gramas de álcool diariamente — uma quantidade equivalente a duas doses de uma bebida destilada — apresentaram um risco 34% maior de ter câncer de mama do que aquelas que nunca bebiam.
A pesquisa também concluiu que quanto maior o período compreendido entre a primeira menstruação e a primeira gravidez, mais elevado o risco de câncer de mama. Entre as mulheres que não bebiam, aquelas que levaram mais de dez anos para engravidar a partir da menarca tiveram um risco de 26% a 81% maior de desenvolver a doença em comparação com as participantes cujo período foi menor. Para os autores do estudo, reduzir o consumo de álcool durante esse período pode ser uma estratégia de prevenção contra o câncer de mama.

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