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27/03/2015

Marijuana may be even safer than previously thought, researchers say

Marijuana may be even safer than previously thought, researchers say

New study: We should stop fighting marijuana legalization and focus on alcohol and tobacco instead

Compared with other recreational drugs — including alcohol — marijuana may be even safer than previously thought. And researchers may be systematically underestimating risks associated with alcohol use.
Those are the top-line findings of recent research published in the journal Scientific Reports, a subsidiary of Nature. Researchers sought to quantify the risk of death associated with the use of a variety of commonly used substances. They found that at the level of individual use, alcohol was the deadliest substance, followed by heroin and cocaine.

And all the way at the bottom of the list? Weed — roughly 114 times less deadly than booze, according to the authors, who ran calculations that compared lethal doses of a given substance with the amount that a typical person uses. Marijuana is also the only drug studied that posed a low mortality risk to its users.

These findings reinforce drug-safety rankings developed 10 years agounder a slightly different methodology. So in that respect, the study is more of a reaffirmation of previous findings than anything else. But given the current national and international debates over the legal status of marijuana and the risks associated with its use, the study arrives at a good time.
See more here.

26/03/2015

‘A maconha foi condenada por preconceito’, diz especialista Elisaldo Carlini’

‘A maconha foi condenada por preconceito’, diz especialista Elisaldo Carlini

 
Médico de 84 anos estuda efeitos das drogas há 62. Ele provou derivados da cannabis para experimento científico

POR MARIANA SANCHES
SÃO PAULO - Carlini tornou-se um dos maiores especialistas no tema, e conta um pouco de suas experiências com drogas. Em nome da ciência, submeteu-se a provar, em laboratório e monitorado por psiquiatras, uma gama de drogas: maconha e derivados, mescalina, alucinógenos, anfetaminas, sibutramina. “Seguia a regra de não tomar nada que pudesse me fazer mal. Por isso não provei crack, sou cardíaco.
Tive viagens muito boas, belas visões. E viagens horrorosas, péssimas”. Ele argumenta que a maconha tornou-se uma droga não por razões científicas, mas por motivos culturais e econômicos, e que isso agora começa a mudar dada a falência da guerra às drogas.
O médico e professor da Unifesp advoga em favor da maconha e dos opiáceos, e contra o uso de remédios para emagrecer, as anfetaminas.

Por que o senhor resolveu estudar as drogas?
Na década de 1950, havia muitos trabalhos descrevendo os sintomas que a maconha provocaria no corpo baseados numa ideologia internacional de que a maconha era uma droga do diabo, tão perigosa quanto a heroína, o que não corresponde à verdade. Mas como havia o governo americano por trás disso, eles fizeram uma propaganda e convenceram o mundo dessa ideologia. Curiosamente, até o século XIX, início do século XX, a maconha era considerada um medicamento muito importante contra dor, comercializada como medicamento, cultivada para fins industriais porque a fibra da maconha é de excelente qualidade para a fabricação de cordas, roupas e sandálias. A maconha era muito importante economicamente, a tal ponto que no século XVIII o vice-rei de Portugal mandou ao governante da província de São Paulo 16 sacas de sementes de maconha de alta qualidade para serem plantadas na região de São Paulo. Até as velas das naus portuguesas eram feitas de fibras de maconha. Então, contra a maconha houve muito preconceito. Por ser uma droga comum na África, era tida como uma coisa de feitiçaria de negros. Em parte, a maconha foi condenada por preconceito racial, mas também por motivos comerciais. Quando a fibra sintética é desenvolvida, no começo do século XX, ela disputa mercado com a fibra da maconha. Nessa concorrência inventaram-se coisas sobre a maconha.
Mas a maconha não tem efeitos colaterais?
Admitir que a maconha não tem reações secundárias é dizer que ela não é remédio. Não existe remédio que não tenha efeito colateral. A aspirina, por exemplo, ainda é uma das causas mais frequentes de envenenamento de crianças. A maconha tem uma toxicidade que é perfeitamente controlável e não expõe ninguém a perigo exagerado. Os trabalhos que falam sobre efeitos colaterais da maconha têm pouco suporte científico. Trabalhos mais profundos, que seguem milhares de pessoas por vários anos, mostram que a maconha usada continuamente não provocou qualquer prejuízo para a inteligência e a memória dos indivíduos.
No mês passado, Washington DC legalizou o uso da maconha. É um sinal de que os Estados Unidos desistiram da guerra contra o tráfico?
Está provado que a guerra às drogas é uma falência total. E é muito importante que os Estados Unidos, que patrocinaram essa guerra, admitam essa falência. O governo não consegue mais neutralizar a vontade popular. É como a Lei Seca lá. Nunca se bebeu tanto nos Estados Unidos como no período da Lei Seca. Aquilo estimulou o crime. Nos Estados Unidos há quem defenda que o problema do tráfico só existe porque existe a proibição. Os jovens gostam de experiências novas. Querem e têm o direito de experimentar coisas novas. O grande erro é proibir e pronto. Não dá para usar a pedagogia do terror, um método que falhou no mundo inteiro, que é moldar os desejos das pessoas a partir do medo. Isso não funciona mais.
O que acontece em lugares que legalizaram a maconha?
Há um fenômeno interessante acontecendo no estado de Washington, um dos lugares onde a maconha é legal: os pacientes que já usam maconha de forma medicinal há mais de 20 anos estão achando ruim porque associam o remédio à juventude, à “farra”. Aumentou a resistência dos idosos, e os jovens não estão mais querendo usar porque perdeu o glamour, virou careta, algo associado a tratamento do câncer.
Quanto tempo o Brasil deve levar para seguir o caminho dos Estados Unidos?
Aqui no Brasil ainda é proibido prescrever maconha para seus pacientes, mas o Conselho Federal de Medicina já recomenda o uso para uma série de tratamentos, especialmente de convulsões. As autoridades médicas brasileiras dizem que isso tudo pode demorar, mas como agir quando a mãe de uma paciente lhe diz: “O tempo que o senhor tem é o tempo de uma convulsão da minha filha.”? Nos Estados Unidos, mais de 20 estados já têm legislação permitindo o uso da maconha, seja medicinal, seja recreativa.
E quanto às outras drogas?
Estudei muitas outras. Algumas que nada tem a ver com a maconha são as drogas para emagrecimento, as anfetaminas. É um mercado extremamente lucrativo e eu sou totalmente contrário ao uso delas. Frequentemente elas acabam em intoxicação, alucinação. E a sibutramina não é muito melhor do que isso, porque aumenta em 15% problemas cardíacos em pacientes obesos e com diabetes. Não se encontra na sibutramina uma perda de peso que justifique o seu risco. Não há razão para essa droga ter licença.
No mês passado, Washington DC legalizou o uso da maconha. É um sinal de que os Estados Unidos desistiram da guerra contra o tráfico?
Está provado que a guerra às drogas é uma falência total. E é muito importante que os Estados Unidos, que patrocinaram essa guerra, admitam essa falência. O governo não consegue mais neutralizar a vontade popular. É como a Lei Seca lá. Nunca se bebeu tanto nos Estados Unidos como no período da Lei Seca. Aquilo estimulou o crime. Nos Estados Unidos há quem defenda que o problema do tráfico só existe porque existe a proibição. Os jovens gostam de experiências novas. Querem e têm o direito de experimentar coisas novas. O grande erro é proibir e pronto. Não dá para usar a pedagogia do terror, um método que falhou no mundo inteiro, que é moldar os desejos das pessoas a partir do medo. Isso não funciona mais.
O que acontece em lugares que legalizaram a maconha?
Há um fenômeno interessante acontecendo no estado de Washington, um dos lugares onde a maconha é legal: os pacientes que já usam maconha de forma medicinal há mais de 20 anos estão achando ruim porque associam o remédio à juventude, à “farra”. Aumentou a resistência dos idosos, e os jovens não estão mais querendo usar porque perdeu o glamour, virou careta, algo associado a tratamento do câncer.
Quanto tempo o Brasil deve levar para seguir o caminho dos Estados Unidos?
Aqui no Brasil ainda é proibido prescrever maconha para seus pacientes, mas o Conselho Federal de Medicina já recomenda o uso para uma série de tratamentos, especialmente de convulsões. As autoridades médicas brasileiras dizem que isso tudo pode demorar, mas como agir quando a mãe de uma paciente lhe diz: “O tempo que o senhor tem é o tempo de uma convulsão da minha filha.”? Nos Estados Unidos, mais de 20 estados já têm legislação permitindo o uso da maconha, seja medicinal, seja recreativa.
E quanto às outras drogas?
Estudei muitas outras. Algumas que nada tem a ver com a maconha são as drogas para emagrecimento, as anfetaminas. É um mercado extremamente lucrativo e eu sou totalmente contrário ao uso delas. Frequentemente elas acabam em intoxicação, alucinação. E a sibutramina não é muito melhor do que isso, porque aumenta em 15% problemas cardíacos em pacientes obesos e com diabetes. Não se encontra na sibutramina uma perda de peso que justifique o seu risco. Não há razão para essa droga ter licença.

 Conteúdo retirado de OGlobo Digital. Leia mais no seguinte link:

17/11/2014

Carta de Aracaju

Os participantes do XI Encontro Nacional de Redução de Danos, realizada em Aracaju - SE, entre 11 e 14 de novembro vem a público divulgar este documento final, e destacar pontos fundamentais para o enfrentamento da realidade nos âmbitos: saúde, educação, assistência social, habitação e recuperação dos Direitos Humanos no Brasil. Defendemos o fortalecimento da luta anti proibicionista, anti manicomial, anti prisional e o empoderamento da sociedade civil.
- Destacamos o aumento da incidência de casos de DST/AIDS, hepatites virais, tuberculose, transtornos mentais e outros agravos à saúde, principalmente entre populações de maior vulnerabilidade e entendendo que nos últimos anos tivemos um grande esvaziamento de espaços e financiamentos para intervenções entre pares. Entendemos que as intervenções de redução de danos são comprovadamente capazes auxiliar em reverte esses quadros. Considerando o exposto a ABORDA se dispõe a trabalhar na estruturação dos processos de seleção e formação para redutores de danos, que contemplem a figura do “reconhecido saber”.
- A RD relacionada ao uso de drogas é um elemento importante no trabalho com as populações em situação de vulnerabilidade; para tanto, reiteramos a importância de continuidade da política de RD, bem como de novas pesquisas que auxiliem na objetivação de especificidades da compreensão daquela vulnerabilidade e de avaliação de razões de sucesso e insucesso das intervenções. Reafirmamos as diretrizes de protagonismo da população atendida, em todas as instâncias de decisão, cultivado através de capacitações especificas para esse fim.
- Entendemos que a aproximação e o crescimento das articulações entre os diversos movimentos sociais, além da fomentação de espaços intersetoriais de discussão com o poder público, é ponto fundamental para crescimento da participação popular, assim como a ocupação de espaços em conselhos deliberativos e outros fóruns de avaliação, formulação e discussão de politicas publicas. Para tal precisamos garantir a qualificação em Redução de Danos de profissionais da educação, considerando o SPE e PSE, assistência social em especial os dispositivos CRAS e CREAS. Reconhecemos ainda a necessidade de continuar avançando na reforma psiquiátrica, com a integração das ações de RD no SUS, considerado a importância da educação continuada para RD e supervisão clinica institucional e consolidação da rede de atenção psicossocial.
- A ABORDA se opõe enfaticamente às políticas proibicionistas e repressoras, baseadas na ideologia de “guerra às drogas”. Guerra esta que referenda ações como: internação compulsória, encarceramento em massa, genocídio da juventude negra e periférica assim como criminalização da pobreza, tudo isso com financiamento público. Aproveitamos para alertar da necessidade de mudar as ordens de investimento público para tais fins, sugerindo uma nova ordem que priorize investimentos para em políticas de saúde pública e não de segurança pública. Destacamos a preocupação da atual conjuntura politica, com crescimento do conservadorismo e fundamentalismo no Congresso Nacional e na sociedade, nos levando assim a alianças com setores progressistas que pautem alternativas de resistência a essa realidade. Diante disso referendamos a construção dos movimentos sociais e instituições, em torno da Reforma Politica, para que possamos garantir cada vez mais participação social nas decisões coletivas. Nesse sentido é compromisso da ABORDA ter representação nos espaços que deliberem as politicas acima citadas, defendendo uma política libertária, anticapitalista, antiautoritária, antimercadológica.
- Defendemos ações de parceria critica com os governos federal, estaduais e municipais. Pautando nossas ações no acompanhamento via controle social, e na formulação de propostas de fortalecimento de nossas bandeiras politicas.
O fortalecimento de uma sociedade inclusiva, justa com garantia de direitos a todos, necessita de uma revisão de conceitos que atendam os ideais de igualdade e oportunidades. Há 17 anos a ABORDA trilha os caminhos da luta participativa, pois acreditamos que é no somatório das forças e na diversidade de opiniões é que acontecem as transformações.

Aracaju, 14 de Novembro de 2014

Retirado de Abordabrasil

19/10/2014

Conselho de medicina de São Paulo autoriza médicos a receitar canabidiol

Conselho de medicina de São Paulo autoriza médicos a receitar canabidiol


Em 9 de outubro, o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) publicou uma resolução que libera a prescrição de canabidiol (CBD), uma das substâncias presentes na maconha, para o tratamento de pacientes com manifestações graves de epilepsia infantil que não respondem aos medicamentos convencionais.

O Cremesp foi o primeiro no Brasil a permitir que os médicos passem a receitar o CBD para epilepsias graves. O site do conselho esclarece que o canabidiol não tem efeitos negativos sobre as capacidades cognitivas, nem ação psicoativa. O vice-presidente Marco Aranha de Lima afirma que a medida visa proteger as crianças e bebês não-responsivos ao tratamento convencional, uma vez que a progressão da doenças e as convulsões progressivas podem levar até à morte.

É preciso autorização especial da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para importar compostos de cannabis ricos em canabidiol, uma vez que o CBD ainda permanece na lista de substâncias de uso proscrito no país. A prescrição médica é um dos documentos solicitados pela Anvisa para poder importar medicamentos. Desde abril, já foram autorizados mais de 100 pedidos especiais de importação. A procura deve aumentar com a decisão do Cremesp e cabe ao médico a responsabilidade pela definição da dose e formas de uso.

Saiba mais aqui.

24/09/2014

Chá de cogumelo pode ajudar a parar de fumar, revela estudo

Chá de cogumelo pode ajudar a parar de fumar, revela estudo


Por: Ione Aguiar 

Retirado de: Abril ( Planeta Sustentável) 



Uma nova pesquisa sugere que a psilocibina, substância alucinógena presente nos "cogumelos mágicos", pode ajudar fumantes a deixarem o hábito. 

Mas calma lá... Não adianta sair correndo para São Tomé das Letras com o pretexto de "largar o cigarro". 

Apesar de os pesquisadores da Johns Hopkins terem concluído que, sim, a psilocibina funciona, ainda não se sabe exatamente o porquê disso. O estudo foi publicado noJournal of Psychopharmacology

Geralmente consumidos sob a forma de chá, os cogumeloscontém ingredientes psicodélicos chamados psilocibina e psilocina. Quando consumidos, eles causam alterações de humor e percepção: é a famosa "viagem". 

Para saber se esse componente psicodélico poderia ajudar fumantes, os pesquisadores chamaram 10 homens e 5 mulheres saudáveis. 

Os participantes tinham por volta de 50 anos e, ao longo de cerca de 30 anos, fumaram em torno de 20 cigarros por dia. Eles também já haviam tentado largar o cigarro ao menos seis vezes ao longo da vida.

Durante três sessões, espalhadas ao longo de uma semana, os participantes tomaram doses que variaram de 20 a 30 mg de psilocibina a cada 70 kg de seu peso. 

Eles foram encorajados a curtir a viagem: alguns ouviram música, outros preferiram focar em suas experiências internas. 

Depois de um semestre, 80% dos participantes haviam parado de fumar. A taxa é bastante alta, principalmente se comparada a outras formas de terapia. A taxa de sucesso de remédios para acabar com o vício gira em torno de 35% após seis meses de uso. 

Apesar de os índices da psilocibina serem super positivos, os pesquisadores alertam: os resultados foram obtidos com doses controladas, em conjunto com um programa de acompanhamento psicológico. 

"Quando usada em um contexto terapêutico, a psilocibina pode levar à reflexão profunda sobre a vida, e despertar a motivação pra mudar", disse o pesquisador Matthew Johnson, autor do estudo.

Read more here.
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