Programa municipal oferece abrigo e emprego para dependentes de crack. Ao lado de secretário estadual, Haddad diz que PM tem apoiado ação.
A Prefeitura de São Paulo divulgou nesta quarta-feira (29) um balanço dos primeiros dez dias do programa “Braços Abertos” e informou que o número de participantes aumentou e que houve até procura por parte de pessoas que não moravam na região e não eram usuárias de drogas.
O programa é uma nova tentativa de combater o uso de drogas na região da Cracolândia. Foram feitos 1.394 abordagens pela Prefeitura, sendo 127 foram atendimentos médicos, nos quais a Prefeitura prestou assistência a nove grávidas, que terão acompanhamento pré-natal. O balanço do atendimento em saúde dá conta ainda de que 101 abordagens foram realizadas pelas equipes de Centro de Atenção Psicossocial (Caps) da Prefeitura, sendo que 53 iniciaram tratamento.
Desde que começou, o programa já cadastrou 386 pessoas, contando pessoas que aderiram na terça-feira (28). O número é perto das 400 vagas disponibilizadas pela Prefeitura - número de vagas disponíveis nos hotéis da região que firmaram parceria com a prefeitura.
Segundo a secretária de Assistência Social, Luciana Temer, houve um “efeito colateral interessante para a assistência social”, com procura de pessoas que não eram da região ou usuários de drogas. Foram encaminhados para outros equipamentos de assistência social 349 homens e 24 mulheres. “Explicamos que não era o caso de inserção, até por que não eram usuários de drogas”, afirmou a secretária.
“Luz, Campos Elíseos, são bairros importantes da cidade e nós estamos resgatando isso para todos os paulistanos”, disse o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. Ao lado do secretário da Segurança Pública do Estado de São Paulo, Fernando Grella, Haddad exaltou a ação da Polícia Militar e disse haver um “combate permanente e bem sucedido” do tráfico por parte da PM.
“Esse trabalho tem por fim não deixar que ali se torne uma zona livre de tráfico de entorpecentes.” “Todo tipo de união de forças é válido”, afirmou o secretário Fernando Grella. Ambos consideraram a ação do Denarc, que culminou com o uso de bombas de efeito moral, um episódio superado.
As ações de desmonte de barracos ocorreram entre 14 e 15 de janeiro. No dia 16, os usuários começaram a trabalhar. O balanço divulgado pela prefeitura considera o período entre os dias 17 e 27. No período, a Polícia Militar prendeu 25 pessoas na região.
O programa consiste em pagar R$ 15 por dia trabalhado aos usuários por trabalhos de zeladoria. Futuramente, elas farão cursos de habilidades específicas que já possuem por atividades que desenvolviam antes de se tornar usuárias de drogas.
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