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07/06/2015

Quase metade dos baladeiros bebe antes de entrar na casa noturna

Quase metade dos baladeiros bebe antes de entrar na casa noturna



O famoso "esquenta", conduta conhecida popularmente por pessoas que bebem antes de entrar nas baladas, é realizado por 41,3% dos frequentadores de casas noturnas. A pesquisa entrevistou 2.422 clientes de 31 estabelecimentos na cidade de São Paulo e foi realizado pelo Departamento de Medicina Preventiva da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Os pesquisadores selecionaram os clientes aleatoriamente e as casas noturnas mediante suas capacidades e amostragem de clientes. Para a análise do consumo de álcool dos entrevistados foi utilizado um “bafômetro” para medir a concentração de ar expirado, além de uma entrevista individual, tanto na entrada quanto na saída.

A maioria dos indivíduos que beberam antes de entrar nas casas noturnas apresentou sinais de intoxicação em decorrência do álcool na saída das baladas. Foi observado também maior prevalência deste comportamento em indivíduos do sexo masculino, com histórico de abuso de álcool e comportamento sexual de risco.

Zila Sanchez, responsável pela pesquisa, ressalta que este comportamento não é característico apenas dos frequentadores de casas noturnas no Brasil, ocorrendo também nos Estados Unidos e em países da Europa. Na visão da pesquisadora, o “esquenta” é um comportamento de risco e influência no padrão de consumo dentro da balada. “Diferentemente do que se pensa, o esquenta não leva a economia de dinheiro, pois na prática quem fez esquenta terminou a noite mais alcoolizado e consumiu mais doses dentro da balada”, afirmou Zila.

Outro estudo desenvolvido pelo mesmo departamento e baseado no mesmo público, mostrou que o “esquenta” é o principal fator associado ao binge drinking, popularmente conhecido como “porre” ou como hábito de beber em excesso durante um período.

Algumas atrações que ocorrem nas baladas, como a oferta de bebida gratuita (open bar), diversidade de pistas de dança e som muito alto também foram observados como fatores do alto consumo de bebida.
Reportagem de: A Tribuna. Saiba mais aqui.

11/08/2014

De colarinho alto

De colarinho alto

Cerveja: 2% do PIB
A indústria da cerveja responde por 2% do PIB e 15% da indústria de transformação. Faturou 70 bilhões de reais em 2013. Os dados constam do primeiro anuário do setor de cerveja do Brasil, que sai na segunda quinzena de agosto.

Por Lauro Jardim

Nota de: Veja online

25/05/2014

Consumo de álcool no Brasil cai, mas ainda supera média mundial, diz OMS

Consumo de álcool no Brasil cai, mas ainda supera média mundial, diz OMS

Brasileiro ingere 8,7 litros da bebida pura por ano — no mundo, a média é de 6,2 litros anuais por pessoa

Bebida alcoólica: OMS diz que álcool causou quase 6% de todas as mortes no mundo em 2012
Bebida alcoólica: OMS diz que álcool causou quase 6% de todas as mortes no mundo em 2012 (Thinkstock)
O abuso no consumo de álcool no Brasil caiu nos últimos dez anos, mas ainda supera a média mundial. Os dados fazem parte de um levantamento de dados de 194 países divulgado nesta segunda-feira pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo o órgão, o consumo excessivo de bebida alcoólica causou 3,3 milhões de mortes no mundo em 2012 — ou 5,9% de todos os óbitos no ano.
De acordo com dados mais recentes da OMS, o consumo médio de álcool no mundo entre pessoas acima de 15 anos em 2010 era de 6,2 litros por ano por indivíduo. Já no Brasil, uma pessoa dessa faixa etária ingere, em média, 8,7 litros de álcool por ano — há dez anos, o índice era de 9,8 litros. A OMS prevê, no entanto, que a ingestão no Brasil pode voltar a crescer, ultrapassando 10 litros por ano por pessoa. Nas estimativas, é considerado apenas o volume de álcool ingerido, não o volume total da bebida.
O consumo de álcool entre os brasileiros é maior entre os homens. Em média, eles bebem 13 litros por ano, ante 4 litros anuais entre mulheres. Cerca de 60% do consumo total de álcool entre os brasileiros é representado pela cerveja.
Comparação — A Europa é a região do mundo com maior consumo de álcool por pessoa: 10,9 litros ao ano. No Leste Europeu, esse consumo ultrapassa os 12,5 litros anuais. Alguns dos países que mais ingerem álcool no mundo são Bielorrússia (17,5 litros por pessoa por ano), Lituânia (15,4 litros) e Rússia (15,1 litros).
A segunda região do globo que apresenta o consumo mais elevado de álcool é a América Latina — são 8,4 litros por pessoa anualmente, em média. Os países com a maior ingestão de álcool por pessoa na região são Chile (9,6 litros ao ano), Argentina (9,3 litros), Venezuela (8,9 litros), Paraguai (8,8 litros) e, em quinto lugar, o Brasil (8,7 litros).
Excesso — O que mais preocupa a OMS são os casos de abuso no consumo. Segundo a OMS, a bebida alcoólica não apenas pode provocar dependência, mas também levar ao desenvolvimento de outras 200 doenças. "É preciso fazer mais para proteger a população das consequências negativas à saúde do consumo de álcool", disse Oleg Chestnov, especialista em doenças crônicas e saúde mental da entidade.

Consumo total de álcool per capita, em litros de álcool puro, em 2010 (pessoas acima de 15 anos)


Retirado de Veja. Para saber mais, clique aqui.

11/05/2013

Primeiro levantamento nacional aponta maior risco de sexo inseguro entre jovens que abusam do álcool

Primeiro levantamento nacional aponta maior risco de sexo inseguro entre jovens que abusam do álcool

Dados do Cebrid mostram que, entre os jovens que tinham feito sexo sem camisinha, 41% haviam consumido álcool em excesso



O consumo de bebidas alcoólicas e o uso de drogas estão diretamente associados ao sexo de risco entre adolescentes brasileiros. É o que aponta o primeiro levantamento nacional a analisar a relação entre sexo e álcool em jovens, realizado pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas (Cebrid), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). De acordo com o estudo, publicado na edição deste mês do periódico brasileiro Clinics, entre os jovens que praticaram sexo inseguro, 41% haviam consumido bebidas alcoólicas em excesso no período correspondente ao estudo.
Para o levantamento foram analisados dados de 17.371 adolescentes do ensino médio, de 789 escolas públicas e privadas das 27 capitais brasileiras. Eles responderam a questionários sobre uso de drogas, consumo de álcool e prática sexual referentes ao período de um mês antes da realização do estudo. As entrevistas foram feitas em 2010, e são uma amostra representativa da população jovem do Brasil.
Sexo e álcool — Cerca de um terço dos jovens entrevistados havia tido relação sexual no mês anterior à pesquisa. Destes, quase metade (48%) não havia usado camisinha. Embora a prática sexual tenha sido mais prevalente entre os meninos, foram as meninas que mais fizeram sexo inseguro. "Essa diferença, talvez, esteja associada ao fato de que, geralmente, as meninas saem com garotos mais velhos, que não participaram do estudo", diz Zila M. Sanchez, professora do Departamento de Medicina Preventiva da Unifesp, pesquisadora do Cebrid e coordenadora do estudo.
O levantamento descobriu ainda que cerca de um terço dos adolescentes que eram sexualmente ativos tinham usado drogas recentemente — destes, 37,2% tinham praticado obinge (termo em inglês usado para designar o consumo acima de cinco doses alcoólicas, para homens, e de quatro, para a mulher, em apenas duas horas); 16,5% tinham fumado; e 14,5% haviam usado drogas ilegais. Segundo o estudo, idade (jovens mais velhos) e condições socioeconômicas mais baixas estão diretamente relacionadas ao sexo inseguro. O aumento em um ano na idade do adolescente representa um aumento nos riscos de sexo inseguro em 17%.
Quando cruzaram os dados, os pesquisadores descobriram que entre os jovens que haviam praticado sexo sem camisinha no mês anterior à pesquisa, 40,9% tinham feito binge. "Os resultados não foram, na verdade, uma surpresa", diz Zila. Segundo a pesquisadora, a inclusão do comportamento sexual na pesquisa do Cebrid visa acrescentar o comportamento de risco na prevenção de drogas. "Doenças sexualmente transmissíveis, aids, o sexo inseguro: tudo isso é questão de saúde pública e deve ser considerado no levantamento."
Para ver o link completo, clique aqui.

24/04/2013

Gosto da cerveja é suficiente para ativar sistema de recompensa cerebral


Gosto da cerveja é suficiente para ativar sistema de recompensa cerebral

Pesquisa mostrou que não é necessário que o álcool surta efeito para que a atividade da dopamina no cérebro humano seja elevada

(Thinkstock)
Um estudo publicado na revista Neuropsychopharmacology nesta segunda-feira mostrou que basta o sabor da cerveja — sem qualquer efeito alcoólico — para ativar o sistema de recompensa do cérebro humano. Segundo os neurologistas da Universidade de Indiana envolvidos na pesquisa, isso mostra que os estímulos sensoriais relacionados ao consumo do álcool são suficientes para dar início aos mecanismos responsáveis por seu abuso, mesmo quando seus efeitos farmacológicos não são sentidos.

Os pesquisadores usaram aparelhos de tomografia para escanear o cérebro de 49 homens enquanto consumiam cerveja ou bebidas isotônicas. O objetivo foi procurar por evidências de uma mudança na atividade da dopamina, um neurotransmissor responsável pela sensação de recompensa e relacionado ao abuso de álcool e outras drogas.
A cerveja foi racionada em minúsculas porções de apenas 15 mililitros (uma colher de sopa) servidas a cada 15 minutos, de forma que a resposta do cérebro pudesse ser avaliada sem a influência tóxica do álcool.
Como resultado, os cientistas descobriram que apenas sentir o gosto da cerveja foi o suficiente para ativar os receptores de dopamina do cérebro. Este efeito foi maior do que o percebido após os voluntários consumirem o isotônico, mesmo que muitos tenham dito preferir o gosto desse. "Esta é a primeira experiência em humanos a demonstrar que apenas sentir o sabor de uma bebida alcoólica, sem qualquer efeito intoxicante alcoólico, pode trazer à tona a atividade da dopamina nos centros de recompensa do cérebro", afirmou David Kareken, professor de neurologia que chefiou os experimentos.
O estudo destaca que o efeito da dopamina foi significativamente maior entre os voluntários com histórico familiar de alcoolismo.
Recompensa e vício -  Os pesquisadores sabem há muito tempo que os estímulos sensoriais que costumam estar associados à intoxicação por uma determinada droga, como o som ou o cheiro de um bar, podem despertar a vontade incontrolável pela substância em pessoas viciadas — por vezes induzindo a recaída em alcoólatras em recuperação. Muitos neurologistas acreditavam que a dopamina tinha um importante papel nesses estímulos, mas não sabiam, até agora, como isso podia acontecer. 
Segundo os cientistas, o estudo deve ajudar a compreender os mecanismos neurológicos e genéticos que levam ao vício e ajudar a desenvolver técnicas para minimizar os gatilhos cerebrais que podem levar às recaídas.

Artigo Completo, clique aqui.

14/04/2013

Álcool é responsável por 62% das internações por drogas


Álcool é responsável por 62% das internações por drogas

Além do dano social,  a droga que mais gera custo, por internações, para a  saúde pública não é a maconha, a cocaína ou o crack, mas um velho conhecido: o álcool. Nos 11 primeiros meses de 2012, mais de R$ 1,13 milhão saiu dos cofres públicos baianos para custear  as internações por abuso do álcool, de acordo com o Datasus.

O valor é R$ 375 mil a mais  do que  total gasto nas internações por todas as outras substâncias psicoativas que é de  R$ 755 mil. Segundo a secretaria estadual de saúde, os casos de internações por álcool e drogas na Bahia se manteve estável nos últimos quatro anos - à exceção  de uma queda apresentada em 2012. O dado disponível até novembro registra 1.897 internações, contra  2.500 em 2011.

O abuso do álcool  responde por 62% das hospitalizações por drogas nos últimos três anos. Somado às hospitalizações pelo uso de drogas múltiplas,  respondem por quase 90% das internações por intoxicações no SUS.

A proporção elevada, segundo especialistas, reflete o consumo habitual de substâncias etílicas. Mais da metade da população brasileira adulta (52%) consome bebidas alcoólicas, contra 3% dos usuários de maconha e 2% de cocaína, conforme indica levantamentos da Secretaria Nacional Antidrogas e o Nacional de Álcool e Drogas.

Para o diretor do Centro de Informações Antiveneno (Ciave, centro de referência em toxicologia estadual),  Daniel Rebouças, os números podem ser ainda maiores. "Os usuários só procuram atendimento médico quando algo 'sai do normal'. Normalmente, passa despercebido até nas unidades médicas", explica.
Ele conta que, apesar do centro possuir um atendimento especializado em intoxicação, os casos de  abuso de drogas que chegam são ínfimos: apenas 2,6% do total. "É somente a pontinha do iceberg", diz.

Condutas - O fato do álcool ser uma droga lícita e socialmente estimulada agrava  o quadro, segundo explica a psicóloga e socióloga Andrea Domanico. Segundo ela, há medidas simples que poderiam ser adotadas para evitar intoxicações, como alternar o uso com um copo de água, para evitar os danos causados pela desidratação da bebida.

Outro problema são as associações. A mistura do álcool com a cocaína, por exemplo, produz o cocaetileno, substância com sintomas graves e  pouco conhecidos.

O professor Luís Rodrigues (nome fictício), 27 anos, começou a beber mais tarde do que o usual, aos 17 anos. Mas, mesmo virando dependente da maconha e da cocaína logo depois, considera o álcool o mais difícil de largar.

Experiências -  "A bebida foi a substância que mais me fez fazer bobagem. É mais difícil de parar também, devido aos amigos", conta. 

Com ajuda dos Narcóticos Anônimos, ele consegue controlar a cocaína, "o mais prejudicial pelo domínio que exerce", segundo ele, mas a maconha não tem planos de deixar. "Gosto da sensação".
Já o empreendedor Fábio Araújo, 30 anos,  conseguiu superar todas as drogas e se mantém "limpo" há dois anos.

A bebida entrou na sua vida aos poucos, ainda criança, mas foi apenas uma das drogas que rodearam sua juventude. A lista é grande:  maconha, pílulas, cola, benzina, LSD, cocaína, pitiro (maconha com crack) e o próprio crack. "A cocaína era o que eu mais usava, pois combinava mais com o álcool. Dependendo da festa não tinha 'discriminação', mas nunca faltava o  principal: cigarro e cachaça", diz.

Há quatro anos,  ele  resolveu parar.  "Me sentia dominado por algo inferior a mim. Gostava de usar e não de ser usado", diz.

Retirado de: THCFloripa, para acessar o link, clique aqui.

08/04/2013

O álcool e a literatura: a intensidade da vida de Hemingway

O álcool e a literatura: a intensidade da vida de Hemingway


Fonte: www.estanteseletiva.com    Por: Renato Rossi




            Recentemente, em O Lado Bom da Vida, de Matthew Quick, Pat Peoples, em sua grande busca por uma perspectiva positiva das coisas, resolve ler Adeus às Armas, De Ernest Hemingway, livro importante para sua ex-esposa. Compreensivelmente ele se revolta com o que lê: "Não posso imaginar porque alguém gostaria de expor adolescentes impressionáveis a um final tão terrível". E ninguém pode julgar Pat em relação a isso, finais catastróficos são um tema constante na obra de Hemingway. Não apenas isso, mas também o álcool e a morte. E não apenas em sua obra, mas em sua vida.
            Pode-se dizer facilmente ao olharmos sua biografia que Hemingway teve uma vida intensa: 4 casamentos, 1 Pulitzer, o prêmio Nobel, motorista de ambulância da Cruz Vermelha, repórter de campo durante a guerra, membro da comunidade de escritores "geração perdida", pescador no Caribe, caçador na África... Mas todo esse movimento tinha uma sombra de angústia ali no limiar da consiência, algumas vezes mais perceptível, outras até que bem escondida. Quando ainda jovem seu pai se matou com um tiro em sua cabeça. Sua mãe, a quem ele sempre culpou pelos problemas que afligiam seu pai, enviou a arma do suicídio para Hemingway. Seja com objetivo de se guardar essa lembrança macabra, seja lhe incitando a fazer o mesmo, tal fato deve ter sido recorrente em sua lembranças ao longo de sua vida, até o dia em que o padrão se repete. No dia 2 de juho de 1961, Hemingway, a beira de um lago em Idaho, dispara em si mesmo com um fuzil de caça. Pouco é dito, mas Hemingway também teve dois irmãos que seguiram o mesmo caminho.
            O suicídio é um assunto reentrante em sua obra. Em Ter ou não ter, o protagonista diz ao longo do livro: “outros seguiram a tradição indígena da Colt ou da Smith & Wesson, instrumentos bem fabricados, que, com o apertar de um dedo, terminam com a insônia, acabam com os remorsos, curam o cancro, evitam as falências, abrem uma saída a situações intoleráveis, admiráveis instrumentos americanos fáceis de levar, de resultado seguro, tão bem projetados para por fim ao sonho americano quando este se transforma em pesadelo, e cujo inconveniente é a porcaria que deixam para a família limpar”.
            Outro assunto que se repete é o uso de álcool. Muito se bebe ao longo de seus livros, e mais ainda em sua vida. Sua preferência era o mojito que bebia em Havana, e o drinque que hoje leva o nome de Hemingway Especial, este a base de rum, sucos de grapefruit, limão e licor Maraschino. E ele sempre tinha uma justificativa sagaz na ponta da língua: "Eu bebo para tornar as outras pessoas mais interessantes", e "Para conviver com os tolos, um homem inteligente precisa beber". Percebe-se nessas frases, a culpabilização do outro. Mas em uma análise mais criteriosa de sua vida, podemos pensar que o que movia a beber não eram apenas desilusões interpessoais, mas uma angústia interna que está sempre ali, flertanto com ele num jogo de conquista trágico. Bertrand Russel disse que “a bebedeira é um suicídio temporário”, o que nos leva pensar um pouco mais no significado de fuga que um bom porre carrega.
            Vários grandes autores do passado tinham problemas com o álcool, o que pode ter dado um certo ar de intelectualidade para algumas bebidas. Afinal, chegar em casa do trabalho e beber algumas doses de whisky à meia luz enquanto se lê um bom livro aparentemente é algo até bem visto. Bukowski, Oscar Wilde, o casal Fitzgerald, as amigas (e parceiras de copo) Anne Sexton e Sylvia Plath, William Faulkner, e por aí vai.
            E pode se dizer que sem o álcool esses autores teriam escrito todas suas grandes obras? Não, e nem se pode imaginar isso. O que podemos imaginar é que Hemingway, se não tivesse passado pro todos seus problemas, sendo o álcool um deles, ele ainda teria todo o potencial dele, e provavelmente ainda teria sido um escritor com a importância que tem. Seria ingênuo pensarmos que a criatividade e a habilidade com as palavras são um "presente" do álcool. Mas talvez, digo isso levantando uma hipótese apenas para reflexão, a temática de sua escrita poderia ter sido diferente. Os livros sempre têm algo de autobiográfico, o que no caso do Hemingway isso fica bastante evidente, então eu ouso pensar que poderia ser diferente. Tantos livros com tanto sofrimento nos dizem muito sobre a mente desse autor. Que seu legado seja preservado, e que seu sofrimento não seja esquecido.

09/02/2013

Elevar preço de bebida alcoólica reduz número de mortes, diz estudo



Elevar preço de bebida alcoólica reduz número de mortes, diz estudo
Aumentar preço em 10% fez mortes atribuíveis ao álcool caírem 32%.
Pesquisa de universidade canadense foi publicada na revista 'Addiction'.
Do G1, em São Paulo, com Reuters
O aumento de 10% no preço mínimo das bebidas alcoólicas pode levar à queda imediata e significativa no número de mortes ligadas ao seu consumo. No caso de mortes totalmente atribuíveis ao álcool, houve redução de 32% após a elevação dos preços, aponta um estudo realizado pela Universidade de Vitória, no Canadá.

Os cientistas avaliaram os resultados da pesquisa, divulgada nesta quinta-feira (7), como "significativos e substanciais". Eles descobriram que as mortes causadas pelo álcool na província canadense da Colúmbia Britânica, entre 2002 e 2009, caíram quando o preço mínimo das bebidas subiu. O número, no entanto, aumentou após serem abertas mais lojas para a venda dos produtos alcoólicos na província.



Aumento de 10% no preço mínimo de bebidas alcoólicas pode reduzir mortes (Foto: Philippe Huguen/AFP)
"Este estudo traz mais evidências científicas de que, apesar da opinião popular contrária, até os bebedores mais compulsivos reduzem o seu consumo quando o preço mínimo da bebida aumenta", disse um dos autores do estudo, o pesquisador Tim Stockwell, do Centro de Pesquisas sobre Vícios na Colúmbia Britânica, da Universidade de Vitória.

Os dados vão ser analisados por autoridades responsáveis por formular políticas sobre bebidas alcoólicas, especialmente na Grã-Bretanha, onde o governo planeja introduzir um preço mínimo para o álcool, num esforço para tentar coibir seu consumo excessivo. Os Estados Unidos atualmente não estipulam um preço mínimo para bebidas alcoólicas.

Contribuição importante

John Holmes, do grupo de pesquisa sobre o álcool na Universidade de Sheffield, na Grã-Bretanha, disse que o estudo é uma contribuição importante para definir evidências sobre os efeitos do preço mínimo do álcool.

A pesquisa é, também, um "forte indício de que a política tem reduzido os níveis de consumo daqueles que bebem em níveis perigosos e prejudiciais", afirmou Holmes. O estudo foi publicado na revista científica "Addiction".

A equipe de Stockwell examinou três categorias de mortes ligados ao álcool: aguda, crônica e totalmente atribuível ao álcool. Foram analisadas as taxas de mortalidade ao longo de um período de tempo, comparando-as com os preços mínimos definidos pelo governo para bebidas alcoólicas.

Problema complexo

O estudo se mostrou complexo porque, na Colúmbia Britânica, a venda de bebidas alcoólicas foi parcialmente privatizada, após um período em que foi controlada pelo governo por meio do comércio em lojas estatais. A mudança levou a um aumento substancial na oferta de bebida no mercado.

Quedas significativas no número de mortes crônicas associadas às bebidas alcoólicas também foram detectadas entre dois e três anos depois do aumento de preços mínimos.

Ao mesmo tempo, um aumento de 10% no número de lojas particulares de bebidas na província foi relacionado ao crescimento de 2% nas taxas de mortalidade associada total, crônica ou agudamente ao consumo de álcool.

Para ver o artigo no G1, clique aqui.


VEJA TAMBÉM:
Artigo: Muito Além do Crack

08/02/2013

Muito além do Crack


Não é a hora de abrir os olhos? 


Vivemos um momento em que se fala apenas sobre o Crack e a internação compulsória. A mídia favorece este comportamento, veiculando este tipo de conteúdo, o que contribui para que a população não tenha um comportamento reflexivo acerca de outras questões importantes no campo das dependências químicas.

Vale a pena pensar que os meios de comunicação de massa, com o aval da sociedade, muitas vezes incitam o uso das drogas lícitas entre os jovens, transmitindo a sensação de que o álcool favorece o encontro do tão buscado prazer. É esquecido, por exemplo, que a dependência de álcool é tão ou mais nociva que a dependência de drogas ilícitas e acomete 12% de nossa população acima dos 15 anos. Ou seja, de cada 100 brasileiros com mais de 15 anos, doze são dependentes do álcool, visto inofensivamente por grande parte das pessoas e pelo Estado (afinal, é uma droga lícita, não é?!).

O objetivo deste meu post é: 

"Abrir a discussão sobre a necessidade de a sociedade ter um olhar mais atento e abrangente às questões do uso de drogas, que vão muito além do crack". 
Post:

Paulo Roberto Brier D’Auria, Enfermeiro e moderador do BlogdoProad. 



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