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14/08/2013

Triplica parcela de jovens internados por tráfico de drogas

Triplica parcela de jovens internados por tráfico de drogas

ÉRICA FRAGA
AFONSO BENITES
DE SÃO PAULO

"Com 16 anos, eu comecei como aviãozinho, fui crescendo de cargo, virei traficante, depois gerente, depois conquistei um espaço só meu, virei dono de uma boca."
A ascensão de T., hoje com 18 anos, na carreira de tráfico de entorpecentes foi rápida e curta. Há sete meses, está internado na Fundação Casa (antiga Febem), depois de ter sido detido por policiais.

T. e outros três adolescentes apreendidos nas unidades Casa Osasco 1 e 2, em São Paulo, relatam ser fácil conseguir um espaço na comercialização de drogas ilícitas.
"Sempre começa com alguém que te chama. Só basta você querer. Se você falar não, é não", diz F., 15.


O número de jovens que, como T. e F., não conseguiram dizer não ao tráfico de drogas, apesar da expansão do emprego formal e do aumento da escolaridade nos últimos anos, explodiu.


Eles representavam 7,5% dos adolescentes que cumpriam medida de restrição de liberdade em 2002, segundo a Secretaria de Direitos Humanos (SDH).

Em uma década, esse percentual mais do que triplicou, atingindo 26,6% em 2011. A expansão ocorreu em 22 das 27 unidades da federação.

Levantamento feito pela Folha mostra que a tendência de expansão continua. Entre 14 Estados que forneceram dados, 10 registraram aumento da incidência de tráfico entre adolescentes infratores.
Editoria de Arte/Folhapress

A causa mais citada por especialistas para o maior número de jovens traficantes é o crescimento do consumo de drogas no país.

"Existe uma grande epidemia de consumo de crack, que você consegue comprar até por R$ 0,50", diz Joelza Mesquita Andrade Pires, presidente da fundação de atendimento socioeducativo do Rio Grande do Sul.

A dificuldade que os jovens, principalmente os de famílias com menor renda, enfrentam para entrar no mercado de trabalho formal também é ressaltada.
A maioria dos adolescentes infratores abandonou os estudos ou apresenta defasagem de série na escola.

"O jovem que tem formação educacional ruim e não consegue colocação no mercado de trabalho é recebido de braços abertos no tráfico", diz Berenice Gianella, presidente da Fundação Casa. "Os menores são mão de obra farta e barata para o tráfico."

A fatia de jovens internados por tráfico em 2011 (26,6% do total) era maior que a de adultos presos pelo mesmo motivo (24,4%). Hoje, o tráfico só perde para o roubo entre os delitos que levam à apreensão de adolescentes.

Para ver este artigo pelo site da Folha, clique aqui.

11/05/2013

Primeiro levantamento nacional aponta maior risco de sexo inseguro entre jovens que abusam do álcool

Primeiro levantamento nacional aponta maior risco de sexo inseguro entre jovens que abusam do álcool

Dados do Cebrid mostram que, entre os jovens que tinham feito sexo sem camisinha, 41% haviam consumido álcool em excesso



O consumo de bebidas alcoólicas e o uso de drogas estão diretamente associados ao sexo de risco entre adolescentes brasileiros. É o que aponta o primeiro levantamento nacional a analisar a relação entre sexo e álcool em jovens, realizado pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas (Cebrid), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). De acordo com o estudo, publicado na edição deste mês do periódico brasileiro Clinics, entre os jovens que praticaram sexo inseguro, 41% haviam consumido bebidas alcoólicas em excesso no período correspondente ao estudo.
Para o levantamento foram analisados dados de 17.371 adolescentes do ensino médio, de 789 escolas públicas e privadas das 27 capitais brasileiras. Eles responderam a questionários sobre uso de drogas, consumo de álcool e prática sexual referentes ao período de um mês antes da realização do estudo. As entrevistas foram feitas em 2010, e são uma amostra representativa da população jovem do Brasil.
Sexo e álcool — Cerca de um terço dos jovens entrevistados havia tido relação sexual no mês anterior à pesquisa. Destes, quase metade (48%) não havia usado camisinha. Embora a prática sexual tenha sido mais prevalente entre os meninos, foram as meninas que mais fizeram sexo inseguro. "Essa diferença, talvez, esteja associada ao fato de que, geralmente, as meninas saem com garotos mais velhos, que não participaram do estudo", diz Zila M. Sanchez, professora do Departamento de Medicina Preventiva da Unifesp, pesquisadora do Cebrid e coordenadora do estudo.
O levantamento descobriu ainda que cerca de um terço dos adolescentes que eram sexualmente ativos tinham usado drogas recentemente — destes, 37,2% tinham praticado obinge (termo em inglês usado para designar o consumo acima de cinco doses alcoólicas, para homens, e de quatro, para a mulher, em apenas duas horas); 16,5% tinham fumado; e 14,5% haviam usado drogas ilegais. Segundo o estudo, idade (jovens mais velhos) e condições socioeconômicas mais baixas estão diretamente relacionadas ao sexo inseguro. O aumento em um ano na idade do adolescente representa um aumento nos riscos de sexo inseguro em 17%.
Quando cruzaram os dados, os pesquisadores descobriram que entre os jovens que haviam praticado sexo sem camisinha no mês anterior à pesquisa, 40,9% tinham feito binge. "Os resultados não foram, na verdade, uma surpresa", diz Zila. Segundo a pesquisadora, a inclusão do comportamento sexual na pesquisa do Cebrid visa acrescentar o comportamento de risco na prevenção de drogas. "Doenças sexualmente transmissíveis, aids, o sexo inseguro: tudo isso é questão de saúde pública e deve ser considerado no levantamento."
Para ver o link completo, clique aqui.
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