Pesquisa mostra que maconha é a droga mais usada no mundo. Heroína é a mais perigosa
Segundo estudo, as consequências para a saúde decorrentes do uso de drogas aumentaram 50% de 1990 a 2010
Maconha: embora seja droga mais usada no mundo, têm menos dependentes do que anfetaminas e opiáceos
(Thinkstock)
Um amplo estudo sobre o uso de drogas ilícitas, publicado nesta quinta-feira no periódico The Lancet,
mostrou que a maconha é a droga mais usada no mundo, embora as
anfetaminas, como o ecstasy, sejam as maiores causadoras de dependência.
A pesquisa apontou também a heroína como maior causadora de óbitos,
trazendo as consequências mais sérias para a saúde em escala mundial.
Embora a maconha seja o entorpecente de maior consumo no mundo, ela apresenta um impacto sobre a saúde menor do que outras drogas, particularmente porque está relacionada a um menor índice de dependência: 13 milhões de pessoas, contra 17,2 milhões de dependentes de anfetaminas e 15,5 milhões de opiáceos.
As consequências para a saúde causadas pelos quatro tipos de drogas estudados — maconha, cocaína, opiáceos e anfetaminas — aumentaram 50% no mundo entre 1990 e 2010, particularmente devido ao aumento do número de consumidores. O estudo relata que os maiores níveis de dependência de cocaína foram encontrados nas Américas.
Drogas lícitas – O estudo afirma que o álcool e o tabagismo são responsáveis por quase 10% da mortalidade total, contra 1% das drogas ilícitas.
É preciso, no entanto, levar em conta que o número de pessoas dependentes de drogas é muito inferior ao de dependentes de álcool e tabaco, por isso eles têm um efeito mais devastador. "É evidente que a utilização de drogas ilegais provoca mais danos em nível individual que as drogas lícitas", escrevem os autores do estudo, liderado por Louisa Degenhardt, pesquisadora da Universidade de Nova Gales do Sul.
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A matéria da Veja comete um erro crasso ao chamar o MDMA (ecstasy) de anfetamina. Embora seja aparentada, seus efeitos subjetivos e padrões de uso são bastante diferentes. Resta saber o que diz a matéria original, que eu não vi. Sugiro que o Blog do PROAD coloque uma nota sobre esta passagem, para melhor informar os leitores. Abraço!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirLendo o texto original do artigo científico nota-se, inclusive, que o estudo não chegou nem a estudar o MDMA.
ResponderExcluir"Nosso estudo tem limitações. Nós não estimamos explicitamente a prevalência e a carga de doença relacionadas ao MDMA (3,4-metilenodeoxi-metanfetamina ou ecstasy), alucinógenos, inalantes, ou o uso não médico de benzodiazepínicos, porque comparativamente existe pouca informação sobre prevalência de uso e quantificação de danos."