Marcha da Maconha protesta com distribuição de 'drogas' em SP
Em evento contra projeto, eles reuniram itens que consideram perigosos.
Manifestantes distribuíram café, cigarro e bebida alcoólica no Centro.
Um grupo favorável à legalização da maconha realiza protesto no Centro de São Paulo na tarde desta terça-feira (2). Eles são contra o Projeto de Lei 7663/10, do deputado Osmar Terra (PMDB/RS) que consideram ser um "retrocesso" na política nacional antidrogas.
Em evento contra projeto, eles reuniram itens que consideram perigosos. Os manifestantes distribuíram café, cigarro, bebidas alcoólicas e açúcar no Centro. O protesto é acompanhado por policiais militares em quatro motos e dois carros.
Projeto de lei
Em seu resumo, o projeto de lei trata da "obrigatoriedade da classificação das drogas, introduzir circunstâncias qualificadoras dos crimes previstos nos arts. 33 a 37, definir as condições de atenção aos usuários ou dependentes de drogas".
O neurocientista Renato Filev, um dos organizadores do ato, destaca que, pelo novo projeto, a pena para quem traficar determinados tipos de droga pode chegar a 25 anos. "Isso é um retrocesso", afirma.
Os manifestantes tinham faixas contra o projeto de lei e alertando que há outras drogas legalizadas. Espalharam no chão garrafas de bebida alcoólica, chocolate, açúcar cigarro e revistas. O eletricista Aílton Evaristo, de 22 anos, foi um dos que participaram consumindo bebida e cigarro. "Sou a favor da legalização da maconha. Você não vê por aí quem usa maconha roubando e praticando crimes", afirma.
A jornalista Gabriela Moncau, uma das organizadoras do ato e da Marcha da Maconha afirma que o intuito foi alertar sobre o projeto e para a hipocrisia da guerra às drogas. "Não é uma questão de saúde pública, mas política e econômica. O álcool atinge muito mais pessoas que o crack e é consumido abertamente", diz.
Fotos: Márcio Pinho (Equipe G1)