Cigarro eletrônico de maconha é opção para fumar sem ser multado nos EUA
ISABEL FLECK
ENVIADA ESPECIAL A DENVER (COLORADO)
Se a discrição é o principal trunfo do cigarro eletrônico de tabaco frente ao cigarro comum, no caso da maconha, uma versão "clean" do baseado vem demonstrando ter ainda mais apelo.
No Colorado, primeiro Estado americano a legalizar a venda da erva para uso recreativo, desde o último dia 1º, a novidade tem se disseminado rapidamente, principalmente diante da proibição de fumar maconha, da forma tradicional, em locais públicos.
Isabel Fleck/Folhapress
Todd Mitchem, vice-presidente executivo da Open Vape, que fabrica cigarros eletrônicos de maconha
Empresa pioneira na fabricação do cigarro eletrônico de maconha, a Open Vape diz vender hoje um cartucho a cada 20 segundos nos três Estados em que atua: Colorado, Washington –que vai começar a vender cannabis para uso recreativo até o meio do ano–, e Califórnia, onde o uso medicinal é legal.
O grupo quer expandir o negócio até o fim do ano para outros dez Estados que também têm o uso medicinal permitido, como Illinois e Massachusetts.
"No Colorado, a lei diz que você não pode fumar em público, mas não há lei que proíba fumar cigarro eletrônico de maconha em público", destaca Todd Mitchem, vice-presidente executivo da Open Vape.
O funcionamento da "caneta", como foi apelidada, segue a mesma lógica da de um cigarro eletrônico de tabaco: o usuário aspira, acionando um sensor interno que aquece o líquido dentro do cartucho e gera vapor. O vapor é então é inalado. A recarga é feita por meio de uma saída USB.
No caso do "baseado" eletrônico, o refil contém óleo extraído da folha e de partes da cannabis descartadas no processo de preparação da maconha para a venda, como caule e flores.
Por não soltar fumaça, a versão eletrônica não gera a "marola" característica que "denunciaria" o usuário num local público.
"Você pode usar isso no hotel, num táxi e até num ônibus de turismo. É um modo legal e seguro para um turista fumar sem ser incomodado nem pagar multa", diz Mitchem. A pena para quem for pego fumando em público no Colorado prevê até 15 dias de detenção e multa de US$ 100 (R$ 236).
Apesar de a lei local não proibir especificamente o "e-fumo", donos de bares e de outros estabelecimentos podem vetar também o seu uso em locais fechados. Neste caso, a discrição é mais uma vantagem. "Ninguém sabe se você está fumando um cigarro de tabaco ou de maconha. Eles são muito parecidos", afirma Mitchem.
MAIS BARATO
Apesar de o turista ser um importante público-alvo por conta da proibição de fumar inclusive em hotéis, o cigarro eletrônico também tem apelo entre os moradores que são consumidores cativos da erva.
Isso porque essa versão acaba saindo mais barata que o cigarro de maconha comum. Com um cartucho de 250 mg, que custa, em média, US$ 50 (R$ 118), o "e-baseado" pode ser "aceso" até 110 vezes, segundo a empresa. A "caneta" sai por US$ 25 (R$ 59), com um cartucho.
Com a maconha comum, comprada nos estabelecimentos autorizados pelo governo do Estado, apenas um cigarro chega a custar US$ 30 (R$ 71).
Para o estudante Ryan Castro, 26, morador de Denver, a versão virtual do cigarro pode ser uma saída a longo prazo. "Nunca experimentei, e é preciso ver se os efeitos são os mesmos do baseado comum. Mas, considerando o preço alto da maconha das lojas, pode ser uma boa opção", diz.
Segundo a empresa responsável, os efeitos da maconha demoram mais para "pegar" com a versão eletrônica. "As reações sobre a cabeça e o corpo vêm de forma mais suave. E isso atrai, em especial, o público feminino", diz Mitchem.
Mistura feita com xarope para tosse causa dependência e pode levar à morte por parada respiratória
Preso na última quinta-feira em Miami Beach por dirigir sob efeito e álcool e drogas, o cantor Justin Bieber pode ser usuário de um entorpecente caseiro. Sites de celebridades como TMZ e Radar Online trazem relatos de que o ídolo teen consome drogas com frequência alarmante – em especial, uma mistura batizada de sizzurp. "Essa droga virou febre nos Estados Unidos e está afetando o Brasil. É um problema crescente na saúde pública”, afirma o psiquiatra Ivan Braun, doutor pela Faculdade de Medicina da USP e especialista no tratamento de usuários de drogas. Um levantamento feito em 2005 mostrou que quase 2% dos brasileiros já haviam utilizado o xarope pelo menos uma vez na vida para fins recreacionais.
A droga é feita com xarope para tosse, refrigerante e balas dissolvidas, para melhorar o sabor. O tipo de xarope utilizado tem como principal princípio ativo a codeína – um derivado do ópio, como a morfina. O medicamento ainda contém anti-histamínicos como a prometazina, um antialérgico com efeito tranquilizante.
A mistura gera uma sensação de euforia e bem-estar e, assim como outros entorpecentes, pode causar dependência. "O usuário passa a necessitar de doses cada vez maiores, e quando fica sem a medicação tem síndrome de abstinência", diz Braun. "Outro problema é que, com frequência, há associação com outras drogas, o que aumenta chances de comportamentos de risco." Em doses elevadas, a bebida pode causar falta de ar e levar à morte.
Saúde pública – Xarope à base de codeína é um medicamento vendido sob prescrição médica, indicado para pacientes com tosse grave. Quando utilizado com supervisão médica, não oferece riscos ao paciente. Em excesso, torna-se prejudicial.
Além dos xaropes para tosse, ansiolíticos, relaxantes musculares e medicamentos para dor – que contém outros tipos de opioides – também são alvos de abusos. "Uma proposta interessante e muito discutida para inibir o abuso de drogas prescritas é misturar à formulação substâncias de gosto desagradável", diz o médico. O tratamento em caso de excessos geralmente não requer medicação, apenas terapia para estimular o fim do hábito. Em casos mais graves pode ser necessário o uso da clonidina, medicamento usado na desintoxicação por opioides.
Hip-hop e Rap – A origem do sizzurp está associada à cultura do hip-hop, nos Estados Unidos. Acredita-se que a droga tenha se difundido a partir do Texas, onde seu uso se tornou comum na década de 1990. Em 2008, o rapper americano Pimp C teve a morte atribuída a uma overdose de xarope contra tosse. Segundo relados, em 2013, o também rapper Lil Wayne foi hospitalizado pelo menos motivo. O cantor menciona a bebida em diversas composições.
França autoriza tratamento à base de cannabis para esclerose múltipla
Medicamento, já comercializado na Grã-Bretanha e Alemanha, é recomendado a pacientes que não responderam à terapia convencional
Sativex: Spray a base de maconha é indicado para tratar esclerose múltipla (GWPharma)
A França autorizou nesta quinta-feira o lançamento comercial do Sativex, um spray bucal que contém substâncias derivadas da cannabis e que é prescrito para aliviar as dores ocasionadas pela esclerose múltipla. A decisão "é uma etapa prévia à comercialização do produto, que será realizada por iniciativa do laboratório", declarou o Ministério da Saúde do país. O spray já é comercializado em outros países europeus.
A causa da esclerose múltipla ainda é desconhecida e não há cura para a doença. Sabe-se que ela ocorre quando há danos ou destruição da mielina, uma substância que envolve e protege as fibras nervosas do cérebro, da medula espinhal e do nervo óptico. Quando isso acontece, são formadas áreas de cicatrização, ou escleroses, e surgem diferentes sintomas sensitivos, motores e psicológicos.
O Sativex, produzido pelo laboratório britânico GWPharma, combina as duas principais substâncias extraídas da cannabis: o tetrahidrocanabinol (THC) e o canabidiol (CBD). O produto foi autorizado em 2010 por órgãos reguladores da Grã-Bretanha como uma terapia de segunda linha para tratar espasticidade em pacientes com esclerose múltipla — ou seja, em indivíduos que não responderam às drogas principais. A espasticidade, um sintoma comum da doença, ocorre quanto há um aumento do tônus muscular, podendo desencadear espasmos involuntários, distúrbios de sono e dores. Depois da Grã-Bretanha, outros países, entre eles Espanha, Alemanha e Dinamarca, segundo a farmacêutica, aprovaram o produto.
Na França, o Sativex será comercializado por outro laboratório, o Almirall. Segundo o Ministério da Saúde do país, o tratamento com o spray deverá ser iniciado por médicos de hospital.
Contrários — Um artigo científico publicado em dezembro de 2012 no periódico britânicoDrug And Therapeutics Bulletin afirmou que não há evidências que comprovem a eficácia da maconha na redução dos sintomas da esclerose múltipla, como outras pesquisas haviam sugerido. Para os autores do texto, os estudos feitos sobre o assunto até então são limitados.
Estreia do filme "Ninfomaníaca" volta a levantar discussão. Recuperado, engenheiro que sofreu da compulsão lembra que sexo era forma de anestesiar problemas da sua vida. Após sensação de "culpa e vergonha", solução era se anestesiar de novo: "Aí é roleta russa"
Cena de "Shame", com Michael Fassbender, que gira em torno da vida de um viciado em sexo
“Geralmente temos um pico de procura quando as pessoas leem matérias que expõem o que é dependência sexual, como o caso do Michael Douglas (ator americano que confessou ser viciado em sexo e se submeteu a tratamento). A diferença entre a dependência química e a de comportamento é que esse conceito não é tão definido. As pessoas nem sempre se dão conta de que há um problema”, diz Aderbal Vieira Junior, psiquiatra e responsável pelo setor de tratamento de dependências de comportamentos do Proad (Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes), da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
Além dos escândalos que já envolveram astros como Douglas, o também ator David Duchovny e Tiger Woods, filmes também ajudam a trazer luz sobre o vício por sexo e suas consequências. Há dois anos, esse papel coube a “Shame”, dirigido por Steve McQueen e estrelado por Michael Fassbender, que vive um sujeito, Brandon, bem sucedido, mas cheio de compulsões sexuais que lentamente o levam para o fundo do poço.
Apesar de “Ninfomaníaca”, novo – e polêmico – trabalho de Lars von Trier, ser dividido em duas partes e a primeira, em cartaz a partir de hoje no Brasil, seja considerada cômica e menos sombria do que a segunda, prevista para estrear este ano, a personagem central, Joe (Charlotte Gainsbourg), sofre das mesmas angústias e chega a repetir em alguns momentos que é “um ser humano horrível”.
HOMENS SÃO MAIS DEPENDENTES?
“Shame” e “Ninfomaníaca” são protagonizados por atores de sexos opostos, mas, de acordo com Aderbal, um levantamento feito pelo Proad dentro dos casos atendidos mostrou que 95% dos dependentes são do sexo masculino. “Eu ficaria muito surpreso se isso não se refletisse na população, as mulheres tendem a ser mais dependentes amorosas”, comenta. O psiquiatra diz ainda que o mapeamento realizado por eles indica que a maioria dos pacientes procurou ajuda por volta dos 34 anos e que boa parte deles é instruída: “Já vi salas onde metade era graduada e a outra metade era pós-graduada, tinha gente com mais escolaridade do que eu”.
Na opinião particular de “Rico”, espécie de porta-voz do Dasa (Dependentes de Amor e Sexo Anônimos), há um número maior de homens atendidos porque a mulher ainda não tem liberdade e coragem para se assumir. “Na nossa sociedade machista, mesmo o cara que vai pedir ajuda, ele é o tal porque pega todo mundo, já a mulher tem que assinar embaixo uma outra história, que é complicada.” No caso do Dasa, ele afirma que os grupos dos encontros são bem divididos entre homens e mulheres por conta do anonimato: “As pessoas sabem disso e vão lá por isso”.
“É ROLETA RUSSA”
O início de tudo para Guilherme*, hoje com 43 anos, foi o término de dois relacionamentos quando ainda era adolescente, nos anos 90. Da “pele para fora”, como diz, sua vida era normal: ia para a faculdade e seguia estudando. Da “pele para dentro” era dor e solidão. Ao perceber que havia algo de errado, o engenheiro lembra que não conseguia manter uma relação saudável com ninguém e tinha um sentimento de anorexia no sentido de que sofria de uma “compulsão do não”: “Digo ‘não’ para ser feliz, digo ‘não’ para ter uma sexualidade saudável”.
A “anestesia” para isso veio por meio do sexo, como a masturbação compulsiva e relações sexuais com diversas pessoas em um curto espaço de tempo. Para se anestesiar da “culpa e vergonha” que vinha horas depois ou no dia seguinte, Guilherme lembra que a solução era repetir tudo de novo: “Aí é roleta russa. Chega uma hora que fazer a mesma coisa já não dá mais barato, você se acostumou. Quanto maior o risco, maior o barato”. Ele revela ter ouvido histórias de pessoas que abandonaram o trabalho, acabaram demitidas, contraíram DSTs, acabaram na delegacia. Alguns – e ele também – chegaram a frequentar um local religioso, em vão. “Você passa um período ‘limpinho’, mas uma hora você volta. É que nem pavio de vela, volta a queimar de onde parou.”
Em busca de ajuda, ele frequentou as reuniões do Dasa dos 18 aos 23 anos. O engenheiro se diz livre e distante dos antigos padrões há muito tempo. "Consegui desenvolver todas as áreas da minha vida de forma saudável. Tenho uma vida financeira legal, sou executivo, completei 18 anos de casamento. Acho que, mais importante, meu relacionamento comigo, com minhas dores, foram resolvidas. Salvou minha vida.”
Divulgação
Cartaz de "Ninfomaníaca", filme dirigido pelo dinamarquês Lars von Trier e em cartaz no Brasil
REUNIÃO
O iG acompanhou uma reunião de dependentes anônimos e observou alguns dos pontos destacados pelo psiquiatra. Das nove pessoas presentes ao encontro, promovido semanalmente, todos aparentavam ter passado dos 30 e poucos anos e sete delas eram homens. Assim como em encontros de outros tipos de dependências, a disposição das carteiras de aspecto escolar, daquelas com apoio apenas para o braço direito, é em forma de círculo, de forma que seja possível ver os rostos de todos.
Quem chega é bem vindo, e logo se percebe que alguns já frequentam a reunião há um bom tempo e se conhecem dali, enquanto para outros é a primeira vez. Ninguém é obrigado a falar, mas quando falam, seguem o protocolo de se apresentar – mesmo quando são ouvidos pela segunda, terceira, quarta vez –, ao que todos respondem, e ao final de cada fala dizem “24 horas de abstinência” ou expressão similar.
Depoimentos são trocados, e a impressão é de que por mais que não seja a primeira reunião da maioria, os dependentes conversam sobre experiências do passado com a ideia de passar aos recém-chegados a sensação de que ninguém ali está sozinho. Estão todos juntos no mesmo barco, alertando uns aos outros sobre os perigos do vício em si, das dificuldades de não sofrerem uma “recaída” e de agir, muitas vezes, contra o que desejam. E talvez mais importante do que falar, é ser ouvido, enxergar a compreensão no rosto de quem ouve histórias e não se choca, muito pelo contrário, sabe exatamente o que o outro passou ou está passando.
VIDA SEXUAL MUITO ATIVA x COMPULSÃO SEXUAL
Uma das dúvidas mais recorrentes, segundo três especialistas consultados, é a confusão entre ter – ou desejar ter – uma vida sexual muito ativa e uma compulsão sexual incontrolável. “Tem que ter muito cuidado quando fala em viciado em sexo porque muitas pessoas classificadas como viciadas têm, na verdade, um apetite maior que a média. Não quer dizer que sejam viciadas”, diz Sandra Lima Vasques, psicóloga e consultora há mais de 20 anos do Instituto Kaplan, voltado para o tratamento terapêutico de dificuldades de cunho sexual entre a população carente.
“Tem gente que confunde porque quer sexo todo dia ou porque tem uma frequência alta, de três a quatro vezes por semana. Não tem nada a ver. Compulsão é gastar mais de 12 horas por dia procurando coisas relacionadas a sexo, é gastar o que ganha em sexo, é parar o que está fazendo para se masturbar, é uma vida voltada ao sexo”, explica Carla Cecarello, psicóloga e coordenadora do Projeto AmbSex. “A questão não é de frequência, é de qualidade”, completa Aderbal.
E quando o comportamento passa a ser um “sintoma” do vício por sexo? Aderbal, Sandra e Carla são unânimes: quando há “prejuízo”. Para o psiquiatra, existem três fatores que ajudam a identificar tal comportamento. Em primeiro lugar, o usuário sente que está perdendo seu poder de escolha, age não quando quer, mas porque “alguma força dentro dele o impele a fazer aquilo”; em segundo, há o prejuízo nas relações afetivas, no trabalho; e, por último, ocorre o “empobrecimento” da pessoa, o sexo não enriquece sua “experiência vivencial”.
“[Essas pessoas] acabam sofrendo um prejuízo. Colocam o sexo acima de tudo, dar uma escapada uma vez ou outra do relacionamento é uma coisa, mas se você faz isso todos os dias, é muito provável que seu par descubra. Você corre um risco desnecessário de vida, acaba no meio de um lugar em que habitualmente não iria. Elas não conseguem ter limite. Precisam de ajuda”, conta Carla. Em “Shame”, por exemplo, em seu surto final, Brandon, que durante a maior parte do filme dá a entender que é heterossexual, vai para uma casa noturna GLS, onde se envolve com outro homem.
Carla observa ainda que outras compulsões, por apostas, comida, gasto excessivo de dinheiro, alcoolismo e drogas, podem servir de ponte para o vício pelo sexo. Aderbal concorda: “Existe um ditado na psiquiatria que diz que o principal fator para você ter uma doença psiquiátrica é ter outra, quem tem uma está mais predisposto a ter uma segunda, quem tem duas, pode ter uma terceira, e assim por diante. É mais frequente em casos de depressão, ansiedade, mas não é regra”.
TRATAMENTO
Quando se fala em vício ou compulsão sexual, se fala em tratamento, mas não em cura. Os mais comuns são terapia com acompanhamento profissional, grupos anônimos e medicação, este último aplicado em duas circunstâncias, afirma Aderbal Vieira. “Quando a pessoa tem outro problema, quando está deprimida, o tratamento é farmacológico. Em casos muito raros, quando o paciente está subindo pelas paredes, está muito descontrolado, posso usar a medicação para sintomaticamente reduzir sua libido, dar uma medicação que tem esse efeito colateral.”
No entanto, há muita pesquisa a ser feita. Aderbal informa que o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), referência para psicólogos e psiquiatras, já possui uma categoria voltada para o impulso sexual, mas “ainda existe uma solidez suficiente sobre quais critérios serão adotados para ser impulso”.
“Rico” defende que o vício por sexo seja encarado como o consumo excessivo do álcool. “A humanidade enxerga o alcoolismo como doença e trata de outra forma. A gente espera que façam o mesmo com o sexo. Um dia as pessoas vão levantar a bandeira amarela antes de destruírem suas vidas completamente”, diz o porta-voz do Dasa.
Neste dia 11 de janeiro, o Blog do PROAD
completa um ano de existência e podemos afirmar, sem medo de errar, que se
trata de um grande sucesso. Neste ano, atingimos mais de 50 mil acessos e quase
mil seguidores no Facebook. Somamos cerca de 170 postagens, que são conferidas
por internautas do Brasil, de nossos vizinhos da América Latina e por leitores
dos Estados Unidos e da Europa.
Textos originais se mesclam a uma seleção dos
mais variados tipos de notícias, vídeos e artigos acerca do universo das drogas
e da dependência ( Química e Não química ), buscando trazer, para os que nos
acompanham, material para a construção de um olhar crítico sobre o assunto.
A compreensão psicodinâmica e a ética da
Redução de Danos, os dois pilares que norteiam a visão do PROAD, são assuntos
predominantes nas nossas postagens, buscando disseminar nossa visão não só do
tratamento da dependência, mas também de como devem ser as políticas públicas e
de prevenção. Essas práticas, que buscam compreender o usuário e o dependente
como seres humanos que vão muito além do seu uso de drogas, que buscam abordar
a integralidade e a complexidade do ser em todos os seus sentidos, nos parecem
o caminho mais adequado para a construção conjunto de respostas para a questão
das drogas.
Além disso, um outro ponto de atenção do
serviço do PROAD é a atenção as dependências comportamentais, de forma que o
Blog do PROAD, neste período de um ano, buscou trazer à tona tais discussões e
favorecer que os internautas tenham acesso de primeira linha relacionado as
dependências comportamentais, tais como a dependência de jogos, compras,
internet, entre outras.
Sem dúvida temos muito a trilhar e o
Blog do PROAD mantém seu compromisso de colaborar com a divulgação de material
de qualidade, que auxilie no debate e que fomente a discussão. Agradecemos a
todos que nos enviaram seus textos e esperamos contar cada vez mais com novas
contribuições.