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11/07/2014

Justiça suspende contrato de hospital na Cracolândia

Justiça suspende contrato de hospital na Cracolândia

Fabiana Cambricoli - O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - A Justiça de São Paulo determinou nesta quinta-feira, 10, a imediata suspensão do contrato de R$ 114 milhões firmado entre a Secretaria Estadual da Saúde e a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM) para a administração de um hospital para dependentes químicos na Cracolândia, região central de São Paulo.
A decisão, de caráter liminar, acatou o argumento do Ministério Público Estadual (MPE) de que a parceria configura conflito de interesse, uma vez que a SPDM é presidida pelo psiquiatra Ronaldo Laranjeira, que também exerce o cargo de coordenador do programa de combate à dependência em crack do governo do Estado.
O pedido de suspensão foi feito pelo promotor Arthur Pinto Filho em ação civil pública ajuizada na semana passada. O documento foi resultado de um inquérito civil aberto em abril, após reportagem do Estadomostrar que a SPDM, mesmo presidida pelo coordenador do programa estadual, havia sido escolhida pela secretaria para gerir a unidade de saúde.
Além de determinar a imediata suspensão do contrato, o juiz Valentino Aparecido de Andrade, da 10.ª Vara da Fazenda Pública, proibiu a pasta de fazer mais repasses para a SPDM. De dezembro de 2013, quando o contrato foi firmado, até abril, quando o MPE iniciou a investigação, mais de R$ 7 milhões foram repassados para a entidade para a reforma do prédio, o que, para o magistrado, “caracteriza situação emergencial a impor o controle do dinheiro público”.
O juiz acatou a tese da promotoria de que o contrato fere o princípio da impessoalidade, ao misturar interesses públicos e privados. “A jurisprudência tem considerado haver ofensa ao princípio da impessoalidade quando o Poder Público contrata uma entidade particular da qual é integrante agente público que detenha atribuições funcionais que lhe deem algum poder privilegiado de conhecimento, ou mesmo de ação direta com influência sobre a formação do ato administrativo ou de sua execução, como parece ter ocorrido no caso presente”, diz Andrade em sua decisão.
Para o juiz, o ofensa a esse princípio ganha consistência se analisadas as circunstâncias que envolveram a escolha da SPDM para administrar a unidade. Para Justiça e promotoria, é possível que a entidade tenha tido acesso privilegiado a informações por ter Laranjeira em seus quadros. 
A investigação da promotoria mostrou que a entidade já tinha conhecimento sobre o projeto do hospital no início de novembro. O edital de convocação de entidades interessadas em participar da concorrência para gerir a unidade só foi publicado, porém, no fim daquele mês e a SPDM foi a única a apresentar uma proposta.
Recurso. A Secretaria Estadual da Saúde informou que ainda não foi notificada sobre a decisão liminar, mas afirmou que vai recorrer da decisão da Justiça “por ter plena convicção sobre a lisura do processo de contratação da SPDM”, feito “de forma absolutamente transparente”. Segundo a pasta, o contrato teve parecer legal da Procuradoria-Geral do Estado.
A pasta afirmou ainda que Laranjeira atua como voluntário tanto na SPDM quanto no governo do Estado e que a escolha da entidade para gerir o hospital da Cracolândia foi “absolutamente técnica”.
A secretaria não informou como ficarão as atividades da unidade. Inaugurado no fim do mês passado, o Hospital Recomeço Helvetia, como foi batizado, dispõe por enquanto apenas de um centro de convivência para os dependentes.
A SPDM não respondeu. Anteriormente, a entidade já havia declarado que o contrato foi firmado de forma transparente e dentro da lei.

Saiba mais aqui.

20/06/2014

Mãe de britânica de 15 anos que morreu com overdose de ecstasy pede legalização das drogas

Mãe de britânica de 15 anos que morreu com overdose de ecstasy pede legalização das drogas

Anne-Marie Cockburn quer se encontrar com a ministra do Interior, Theresa May, para discutir a regulamentação de drogas


RIO - Uma mãe britânica, cuja filha morreu de uma overdose de ecstasy, quer se encontrar com a ministra do Interior, Theresa May, para discutir a legalização e a regulamentação das drogas. Anne-Marie Cockburn, de 43 anos, quer que a legislação mude na Inglaterra.

A filha de Anne-Marie, Martha Fernback, morreu aos 15 anos de uma parada cardíaca, duas horas depois de tomar 0,5g de MDMA cristalizado, conhecido como ecstasy, em julho do ano passado.
O Tribunal de Oxfordshire apurou que a estudante, da área de Summertown, em Oxford, tinha tomado uma droga 91% pura — a média de pureza nas ruas no país é de 58%.

“Martha queria se drogar, ela não queria morrer. Nenhum pai quer isso, mas uma dessas opções é preferível”, disse a mãe, depois da audiência no Tribunal de Oxford, de acordo com informações do jronal “Telegraph”. “Gostaria de encontrar com Theresa May, Norman Baker e Yvette Cooper para iniciar um diálogo pela mudança, da proibição para uma regulamentação rigorosa e responsável do uso recreativo das drogas. Isso vai ajudar a proteger nossos filhos e levar a uma sociedade mais segura para todos nós, colocando médicos e farmacêuticos, não traficantes, no controle das drogas”.

O médico legista do condado de Oxfordshire, Darren Salter, chegou à conclusão de que a morte de Martha foi acidental.

“O que está claro é que não há maneira de saber do que [a droga] é feita ou qual é seu nível de pureza. Este é um aviso muito forte do que pode acontecer”, disse o legista.

O inquérito ouviu uma amiga que Martha tinha comprado 1g da droga para dividir com a estudante. A amiga, que não pode ser identificada por ser menor de idade, disse, em uma declaração por escrito, que tinha se encontrado com Martha na manhã da morte da adolescente para andar de caiaque em um clube de remo local.

A garota contou que, depois de andarem de caiaque por trinta minutos, as duas foram para o centro da cidade, onde Martha tomou a droga com água. Ela já tinha visto a amiga tomar MDMA pelo menos três outras vezes, e não estava preocupada.

“Eu ficava perguntando como ela estava se sentindo e ela dizia: “É incrível, parece um sonho. Está melhor do que da última vez que a gente tomou”.

A menina lembrou que a amiga estava agindo de forma estranha, suando muito e com as mandíbulas tremendo, como se estivesse com frio. Ela também ficava sentando o tempo todo, durante a caminhada, para descansar. Ao se unirem a outros amigos para almoçarem, Martha disse que queria nadar um pouco em uma piscina aberta perto de onde estavam, para tentar relaxar. Mas assim que a estudante levantou, ela caiu no chão, bateu com a cabeça e perdeu a consciência.

Os serviços de emergência chegaram rapidamente e Martha foi levada ao hospital, onde foi declarada morta uma hora depois do colapso. Um exame concluiu que Martha havia morrido após sofrer uma parada cardíaca provocada pela ingestão do MDMA.

Desde a morte de sua filha, Anne-Marie criou um site e também escreveu um livro chamado “5.742 dias” (o número de dias que Martha viveu) que ela deseja ver em todas as bibliotecas de escolas secundárias dlo país para “abrir os olhos” dos jovens para o perigo das drogas.

Artigo da Globo.com saiba mais aqui.

18/06/2014

Em nota, CFM faz esclarecimentos sobre o uso de canabinoides para fins medicinais

Em nota, CFM faz esclarecimentos sobre o uso de canabinoides para fins medicinais
O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou nesta sexta-feira (6) nota com esclarecimentos à população sobre a não se confundir o uso de “canabinoides” (isolados, titulados e pesquisados para fins medicinais) com o produto in natura para uso fumado ou ingerido por não ter valores científico ou terapêutico.
A entidade ressaltou que defende pesquisa com quaisquer substâncias ou procedimentos para combater doenças, desde que regidos pelas regras definidas pelo sistema CEP/CONEP e aplicados em centros acadêmicos de pesquisa.
Na nota, o CFM alerta ainda que o atual debate no parlamento sobre a descriminalização/legalização das “cannabis indica e sativa” para consumo “recreativo” desvia a atenção do povo brasileiro do debate sobre temas cruciais como a insegurança, a falta de investimentos em saúde, educação e infraestrutura.
Confira a íntegra do documento abaixo:

ESCLARECIMENTO E ALERTA À POPULAÇÃO
O Conselho Federal de Medicina, através de seu Plenário, reunido em sessão ordinária entre 04 e 06 de junho de 2014 vem a público
ESCLARECER QUE:
1 – Desde sua criação há 57 anos, esta autarquia federal se posicionou sempre ao lado das causas que defendam a saúde do povo brasileiro;
2 – Dentre tais causas está o apoio à construção de leis e campanhas de combate ao tabagismo e abuso de bebidas alcoólicas por entender que seu uso sem restrições é nocivo à saúde;
3 – Tem se aliado às entidades e grupos que trabalham para banir da mídia as propagandas de bebidas alcoólicas por entendê-las nocivas à saúde pública e incentivadoras, entre crianças e jovens, à formação de consumidores e futuros dependentes;

ALERTAR QUE:
4 – Não se deve confundir o uso médico de “canabinoides” (isolados, titulados e pesquisados para uso medicinal) com o produto in natura para uso fumado ou ingerido por não ter valores científico ou terapêutico; 
5 – Defende a pesquisa com quaisquer substâncias ou procedimentos para combater doenças, desde que regidos pelas regras definidas pelo sistema CEP/CONEP e aplicados em centros acadêmicos de pesquisa;
6 – Cabe à ANVISA, como representante da autoridade federal, registrar produtos e substâncias para uso em pesquisa ou comercial, obedecendo a sérias regras de segurança;
7 – Ao CFM, conforme previsto na Lei 12.842/2013, cabe o reconhecimento científico de substâncias e procedimentos para utilização na prática médica;
8 - O atual debate no parlamento sobre a descriminalização/legalização das “cannabis indica e sativa” para consumo “recreativo” desvia a atenção do povo brasileiro do debate sobre temas cruciais como a insegurança, a falta de investimentos em saúde, educação e infraestrutura;

CONCLUIR QUE
9 – Por todo exposto, se manifesta contrário à liberação para uso recreativo de quaisquer substâncias que ofereçam riscos a saúde pública e possam gerar despesas futuras para nosso combalido sistema de saúde e securitário.
Brasília, 6 de junho de 2014.
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA (CFM)
Veja mais aqui.

16/06/2014

'Precisamos sair da discussão emocional sobre as drogas', no Ciclo de Debates sobre Democracia

'Precisamos sair da discussão emocional sobre as drogas', no Ciclo de Debates sobre Democracia


A sétima edição do Ciclo sobre Democracia organizado pela Fundação Perseu Abramo (FPA) e Fundação Friedrich Ebert (FES) aconteceu na segunda-feira, dia 2, debatendo políticas sobre drogas no Brasil.
O debate se iniciou com a apresentação do neurocientista da Unifesp, e membro do Coletivo DAR e da Rede Pense Livre,  Renato Filev, que fez um levantamento dos avanços e entraves da discussão sobre drogas no país, ressaltando a falta de informação qualificada como origem do preconceitos e da política repressiva que vigora no imaginário público. “As pesquisas mostram que o principal grupo refratário a uma abordagem mais liberal sobre o tema são as mulheres de meia idade das classes populares”, afirmou.
Para Filev, parte do retrocesso no debate se dá pela interferência das igrejas neopentecostais, “que dialogam com essa população de maneira mais aberta”. Segundo o neurocientista, o ideal seria que as políticas públicas sobre o tema fossem baseadas em evidências. “Temos a medicina que é fortemente baseada em evidências, deveríamos ter a política também sobre estas bases, com mais estudos fundamentando o debate”, frisou.
Na sequência a professora de direito penal e criminologia da UFRJ, e coordenadora do Grupo de Pesquisas sobre Política de Drogas e Diretos Humanos, Luciana Boiteux, corroborou com Filev ao pedir uma discussão mais qualificada, calcada em mais dados sobre o tema. “Está na hora de provocarmos o debate, para saírmos dessa discussão emocional. Deveríamos pensar numa estratégia mais inclusiva. A opinião pública tende a ser punitiva quando pensa pela lógica da internação forçada ou repressão, pois o resultado tende a ser a exclusão. A lógica deveria ser a da inclusão deste grupo”, explicou a professora.
Segundo Luciana, na visão majoritária atual há um fundamento moral em impor ao outro sua visão de mundo, uma certa arrogância em achar que as pessoas não devem usar nenhum tipo de substância, quando estas usam o álcool, que traz mais danos. “Há uma falta de diálogo e enfrentamento do problema. O proibicionismo ainda é muito forte porque constrói um discurso que para as pessoas é socialmente válido, porque leva ao ponto em que o Estado decide o que a pessoa pode usar, e isso não parte de uma discussão da própria comunidade, como deveria ser”, afirmou.

O deputado federal pelo Partido dos Trabalhadores, Paulo Teixeira, chamou a atenção para a questão da maconha, e para a necessidade de discutir especificamente este tema, de modo separado da discussão sobre as demais drogas. “O grande consumo de drogas ilícias na sociedade brasileira é de maconha, cujo efeito é contrário a comportamentos violentos, ou seja, em uma linguagem leiga, seria quase que um calmante”, lembrou o deputado, acrescentando que “80% do consumo de drogas ilícitas se dá com a maconha, ao retirar a maconha do mercado ilegal você o esvazia automaticamente”.
Teixeira também apontou a violência que decorre da falta de uma política mais clara e menos repressiva em relação às drogas em geral. “A violência não está no uso da droga, está no mercado da droga, que usa meios violentos de solução de conflitos, e que acaba contratando jovens para esse mercado, e são estes que acabam presos, porque são substituíveis”, frisou o deputado, ressaltando ainda que “o custo do aprisionamento é mais alto do que o custo da educação”.

O Ciclo
O Ciclo está em sua sexta sessão, de um total de oito que serão realizadas até junho. Cada sessão terá três intervenções iniciais, seguidas de debate com a sala e o público, com transmissão online exclusiva da tevêFPA. Os debates serão realizados na FPA e transmitidos online (tevêFPA).
A primeira mesa do Ciclo de Debates sobre Democracia aconteceu no dia 12 de março, com a presença de Rodrigo Nunes (PUC-Rio), Paulo Vannuchi (Instituto Lula) e mediação de Joaquim Soriano, da FPA, e de Jean Tible, da FES. Veja aqui vídeo com a íntegra do debate.
A segunda mesa teve como tema A Nova Polícia e a Democracia, realizada na quarta-feira, 26, e foram convidados para o debate a doutora em Ciência Política e pesquisadora do IUPERJ, Jacqueline Muniz; o historiador e militante da Uneafro, Douglas Belchior; e o vereador do PT de Porto Alegre (RS), Alberto Kopittke, que ajudou a coordenar a 1ª Conferência Nacional de Segurança, no governo Lula, sendo, em 2011, no governo Dilma, secretário-adjunto nacional de Segurança Pública.
A terceira mesa ocorreu no dia 9 de abril, debatendo o tema “Rolezinhos, consumo e periferia”, com a participação de Rosana Pinheiro Machado (pesquisadora da Universidade Oxford), Gabriel Medina (coordenador de Políticas para Juventude da Prefeitura de São Paulo), MC Chaveirinho.
Já a quarta edição debateu, em 23 de abril, a Copa do Mundo e as cidades, com a participação de Wagner Caetano, da Secretaria Geral da República, Esther Solano, professora da Unifesp, e Natalia Szermeta, do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
E a quinta, no dia 7 de maio, o tema foi a participação popular e política distribuída com Patricia Cornils, do Transparência Hacker, Gisele Craveiro, professora da USP, Guilherme Flynn, professor da Universidade Metodista, e Bernardo Gutierrez, do Futura Media.
A sexta edição do Ciclo  aconteceu na segunda-feira, dia 19 de maio, e contou com a participação de Marcos Tupã, coordenador da Comissão Guarani Yvyrupa (SP), Sonia Guajajara, da Coordenação Executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, Otoniel Ricardo, do Conselho Continental da Nação Guarani, e Paulo Maldos, Secretário Nacional de Articulação Social da Presidência da República
Fotos: Márcio de Marco e Sérgio Silva/FPA

Mais, veja aqui.

15/06/2014

Para descontrair

Capricorn - Ritalin

If Capricorn was a drug they would be Ritalin. It can either help them focus or make them hyper depending on the person, and Capricorn’s capricious personality can do just the same. They can get so fired-up about something that they somehow seem a bit off the wall, and then they can get so focused on an idea or plan that they end up burning the midnight oil.
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