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26/02/2013

Série Semanal: Anfetaminas

Anfetaminas
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Importância

Primeiro relato de uso da anfetamina foi há 5000 anos, na China.

Em 1887, Nagai isola a efedrina. 

No mesmo ano Lazar Edeleanu, em Berlim, sintetiza a anfetamina.





Categorias de uso (Bower e Phelan, 2003)

            Potencializar a performance
            Manter a performance


Público: Estudantes, atletas e militares

Nos EUA, inicou-se do uso nos anos 40, no futebol americano.
Nos anos 50, o uso se dissemina para outros esportes

Nos  anos 60 e 70, mortes são atribuídas ao uso de anfetamina

1968 – seu uso é banido pelo COI

Estudantes:

    ·  Levantamento americano de 2009 – risco duas vezes maior para o abuso entre estudantes de 18 a 22 anos
   · Associado a maior consumo de álcool, maconha e cocaína
     ·  Maior risco de eventos cardiovasculares
   · Potencializadores cognitivos vêm sendo pesquisados


Epidemiologia:


·         1,3 milhões de americanos faziam uso em 2007
·         número de usuários estável desde então
·         idas ao PS devido ao uso de anfetaminas aumentaram 54% entre 1995 e 2002, nos EUA
·         27% dos pacientes que procuraram tratamento devido ao seu uso de metanfetaminas relataram uma tentativa de suicídio prévia (Zweben, 2004)
·         43% desses pacientes relataram ao menos um episódio de comportamento violento (Zweben, 2004)
·         pacientes que usam anfetaminas são mais propensos a fazerem uso de outros drogas ilícitas (Wu, 2007)
·         taxa de psicose semelhante à da cocaína (cerca de 10%) (McKetin, 2006)
·         uso associado a complicações pré-natais e de parto (Plessinger, 1998)
·         uso associado a maiores taxas de hepatite C e de HIV (Blumenthal, 2001; Harris, 1993)
·         o uso é fator preditivo de recidiva em comportamento criminoso – 82% dos usuários em liberdade assistida voltaram a cometer crimes, em comparação a 54% dos não usuários (Cartier, 2006)


Quadro clínico e problemas advindos ao uso:

·         Euforia
·         Alerta aumentado
·         Aumento de energia
·         Emoções intensificadas
·         Diminuição da necessidade de sono
·         Taquicardia
·         Sudorese
·         Taquipnéia
·         Hipertensão
·         Mania
·         Psicose
·         Paranoia
·         Problemas cardiovasculares
·         Vasoconstrição e dificuldade de resfriar o corpo
·         Dificuldade de perceber os próprios limites



Tratamento


·         TCC( Terapia Cognitivo Comportamental )

·         Antidepressivos

Fluoxetina, paroxetina e sertralina foram iguais a placebo
Bupropiona se mostrou efetiva em homens que fazia uso de quantidades pequenas ou moderadas de metanfetaminas
Mirtazapina se mostrou efetiva para o tratamento da síndrome de abstinência
Ondansentron se mostrou seguro como tratamento da dependência

·         Medicações GABAérgicas

Topiramato se mostrou pouco eficaz, mas seus efeitos cognitivos foram menores
gabapentina não foi eficaz

·         Antipsicóticos

Risperidona e aripiprazol apresentaram resultados promissores em estudos pequenos

·         Bloqueadores de canais de cálcio

Um estudo com 18 pacientes duplo cego, randomizado, placebo controlado, com anlodipino, não teve resultados positivos

·         Medicações estimulantes-like

Modafinil e atamoxetina apresentam resultados promissores 



Texto retirado da Aula do Dr. Thiago Marques Fidalgo *

( Para copiar este texto é necessário autorização do autor )

*  Coordenador do Setor de Adultos e de Adolescentes – PROAD – UNIFESP
Chefe de Plantão do PS de Psiquiatria da UNIFESP
Coordenador do Ambulatório de Dependências – Hospital AC Camargo
Research Fellow – Harvard University

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