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29/10/2013

Drogas ficaram mais puras e baratas nos últimos 20 anos, diz estudo

Drogas ficaram mais puras e baratas nos últimos 20 anos, diz estudo.

Uma pesquisa realizada no Canadá revelou que as drogas tornaram-se mais baratas e mais puras ao redor do mundo nos últimos 20 anos, sugerindo um "fracasso" dos esforços para conter a produção, consumo e tráfico de entorpecentes.

O estudo do International Centre for Science in Drug Policy (Centro Internacional para a Ciência em Políticas de Drogas) foi publicado na revista científica British Medical Journal Open e avaliou programas de contenção e vigilância de governos de diferentes países.
De acordo com os responsáveis pela pesquisa, os governos deveriam passar a considerar o uso de drogas um aspecto de saúde pública, e não um assunto para a Justiça.
"Nós deveríamos procurar implementar políticas que colocam a saúde e a segurança no topo das nossas prioridades, e considerar o uso de drogas como um aspecto de saúde pública, ao invés de um problema para a Justiça criminal", diz Evan Wood, um dos responsáveis pelo estudo.
"Com o reconhecimento do improvável sucesso dos esforços para reduzir o fornecimento de drogas há uma necessidade clara para aumentar o tratamento do vício e de outras estratégias para diminuir de forma efetiva os danos relacionados ao uso de drogas", complementa.

Preços, pureza e disponibilidade

De forma geral, os números compilados pelo centro canadense mostram que entre 1990 e 2010 os preços das drogas caíram, enquanto a pureza e a potência aumentaram.
Na região andina (Peru, Bolívia e Colômbia) a apreensão de folhas de coca aumentou em quase 200% entre 1990 e 2007, mas isso não levou a uma grande redução do consumo de cocaína em pó nos Estados Unidos, colocando em xeque as políticas públicas focadas na contenção do fornecimento de entorpecentes.
Na Europa, o preço médio das drogas à base de ópio e da cocaína, reajustados de acordo com a inflação e o grau de pureza, diminuíram em 74% e 51% respectivamente entre 1990 e 2010.
Além disso, as drogas estão mais puras e mais disponíveis ao redor do mundo.
Os números do relatório mostram que houve um aumento significativo em diversos países com relação à apreensão de cocaína, heroína e maconha, conforme os registros governamentais desde 1990.
Para o centro baseado em Vancouver, a análise mostra que o foco baseado na contenção do fornecimento e criminalização tem falhado, e que outras estratégias, como a descriminalização, deveriam ser apreciadas.

Polêmica

A divulgação do estudo ocorre dois dias após um policial britânico de alto escalão ter dito que drogas como cocaína, crack, ecstasy, LSD e metadona deveriam ser descriminalizadas, e que os usuários deveriam receber cuidado e tratamento, ao invés de serem vistos como criminosos.
Para Mike Barton, a descriminalização eliminaria os rendimentos dos traficantes, destruindo seu poder. Outro aspecto positivo seria a criação de um "ambiente controlado", em que medidas para lidar com o assunto poderiam ser mais bem sucedidas.
Em resposta, o governo britânico disse que as drogas eram ilegais por serem perigosas. "Nós devemos ajudar os indivíduos que são dependentes com tratamento, ao mesmo tempo em que devemos garantir que a lei proteja a sociedade através da interrupção do fornecimento e do combate ao crime organizado que está associado ao comércio de drogas".
Entre os especialistas ouvidos pelo International Centre for Science in Drug Policy está o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que nos últimos anos vem defendendo novas estratégias para lidar com o assunto.
"Em resposta a um estudo como este, os governos em geral dizem que ‘as drogas são perigosas e por isso devem ser mantidas ilegais", diz.
"O que eles não consideram é que assim como esta e outras pesquisas já sugeriram, as drogas são mais danosas à sociedade, aos indivíduos e aos contribuintes – precisamente pelo fato de serem ilegais. Alguns países europeus já tomaram passos para descriminalizar várias drogas, e estes tipos de políticas também deveriam ser exploradas na América Latina e na América do Norte", avalia.

Para saber mais, clique aqui.

06/03/2013

Novas substâncias psicóticas são grave risco à saúde pública, diz ONU


Novas substâncias psicóticas são grave risco à saúde pública, diz ONU

DA FRANCE PRESSE


A multiplicação de substâncias psicóticas representa um "grave risco para a saúde pública", advertiu nesta terça-feira em seu relatório anual de 2012 a Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (INCB na sigla em inglês).

"Os últimos anos registraram um aumento sem precedentes do abuso de novas substâncias psicoativas, geralmente chamadas drogas sintéticas, euforizantes legais ou euforizantes vegetais", explica o INCB, uma agência da ONU com sede em Viena.

"Na Europa, por exemplo, o número de novas substâncias psicoativas registradas passou da média de cinco por ano entre 2000 e 2005 a quase 10 vezes mais em 2011, ou seja uma nova substância quase cada semana", afirma o relatório.

Especialistas calculam que "o número total de substâncias no mercado é da ordem de milhares".

As substâncias não estão sob controle internacional, mas têm os mesmos efeitos psicoativos das drogas controladas, insiste o INCB.

O Órgão exige uma "ação coordenada dos Estados para prevenir a fabricação, tráfico e abuso destas substâncias".

O abuso de medicamentos administrados com receita é outro grande problema destacado no documento do INCB.

O fenômeno afeta todo o mundo, mas com especial ênfase na América do Norte, no sul e sudeste da Ásia e em alguns países da Europa e América do Sul, o que "representa um grave problema de saúde e social", denunciou o organismo.

O uso abusivo destes medicamentos também aumenta o risco de infecção por HIV e hepatites B e C.

"Mais de 6% dos alunos do ensino secundário abusam de tranquilizantes em alguns países da América do Sul", destaca a agência da ONU.

O INCB destacou também o problema ligado aos "programas de maconha para uso medicinal, autorizados pelo direito internacional dentro das condições específicas enunciadas na Convenção única de 1961 sobre os entorpecentes".

O INCB é um órgão independente que vigia e promove a aplicação das convenções da ONU sobre o controle de drogas.

A cada ano publica um relatório e faz recomendações aos países e organizações internacionais sobre as políticas contra os entorpecentes.

Para ver o artigo completo, clique aqui.
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