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09/10/2013

Legalização da Maconha Debate COMPLETO Folha de São Paulo. 20/10/2010

Legalização da Maconha Debate COMPLETO Folha de São Paulo.20/10/2010




Parte 01 de 7.FOLHA DE S.Paulo 20/10/2010
PROIBIÇÃO e SAÚDE PÚBLICA com
Maria Lúcia Karam Ex Juiza de Direito Membro LEAP
Ronaldo Laranjeira - Psiquiatra - Prof Titular Psiquiatria da UNIFESP
Sidarta Ribeiro -Neuro Cientista -Prof° Titular de Neurociência da UFRN

Parte 02 de 7.
LEGALIZAÇÃO da MACONHA
Maria Lúcia Karam Ex Juiza de Direito Membro LEAP
Ronaldo Laranjeira - Psiquiatra - Prof Titular Psiquiatria da UNIFESP
Marcus Susskind - Arqueólogo- Trabalha com famílias de Judeus adictos
Sidarta Ribeiro -Neuro Cientista -Prof° Titular de Neurociência da UFRN

Parte 3 de 7.FOLHA DE S.Paulo 20/10/2010
MACONHA MEDICINAL e ESQUIZOFRENIA
Ronaldo Laranjeira - Psiquiatra - Prof Titular Psiquiatria da UNIFESP
Sidarta Ribeiro -Neuro Cientista -Prof° Titular de Neurociência da UFRN
Renato Malcher - Neurobiólogo - Phd Neurociência

Parte 4 de 7.FOLHA DE S.Paulo 20/10/2010
MERCADO LEGAL X MERCADO PARALELO
Maria Lúcia Karam Ex Juiza de Direito Membro LEAP
Ronaldo Laranjeira - Psiquiatra - Prof Titular Psiquiatria da UNIFESP
Sidarta Ribeiro -Neuro Cientista -Prof° Titular de Neurociência da UFRN

Parte 5 de 7.FOLHA DE S.Paulo 20/10/2010
MODELO DA SUÉCIA
Maria Lúcia Karam Ex Juiza de Direito Membro LEAP
Ronaldo Laranjeira - Psiquiatra - Prof Titular Psiquiatria da UNIFESP
Sidarta Ribeiro -Neuro Cientista -Prof° Titular de Neurociência da UFRN

Parte 6 de 7.FOLHA DE S.Paulo 20/10/2010
INFORMAÇÃO E USO MEDICINAL
Marcus Susskind - Arqueólogo- Trabalha com famílias de Judeus adictos
Sidarta Ribeiro -Neuro Cientista -Prof° Titular de Neurociência da UFRN
Renato Malcher - Neurobiólogo - Phd Neurociência

Parte 7 de 7.FOLHA DE S.Paulo 20/10/2010
USUÁRIOS DE MACONHA
Maria Lúcia Karam Ex Juiza de Direito Membro LEAP
Ronaldo Laranjeira - Psiquiatra - Prof Titular Psiquiatria da UNIFESP
Sidarta Ribeiro -Neuro Cientista -Prof° Titular de Neurociência da UFRN
Marcus Susskind - Arqueólogo- Trabalha com famílias de Judeus adictos


22/09/2013

De palhaço, médico combate o crack

De palhaço, médico combate o crack

Psiquiatra usa fantasia para se aproximar dos usuários e convencê-los a buscar tratamento

BRUNO PAES MANSO - O Estado de S.Paulo
O sol começava a sair de trás das nuvens, por volta das 10h de anteontem, quando o psiquiatra Flavio Falcone, de 33 anos, formado pela Universidade de São Paulo (USP), abriu a porta do banheiro da Unidade De Braços Abertos, na Rua Helvetia, no coração da Cracolândia, centro de São Paulo. Com um nariz de bola vermelha e o rosto maquiado, usando uma cartola branca, terno de tecido grosso e uma gravata feita com gaze, ele já havia incorporado o palhaço Fanfarrone.
Médico se aproxima dos usuários - Felipe Rau/Estadão
Felipe Rau/Estadão
Médico se aproxima dos usuários
Pela décima vez nos últimos dois meses, Falcone repetia o ritual das últimas sextas-feiras. Fantasiado, aborda os usuários de crack nas ruas lotadas da Cracolândia para ganhar a confiança deles e convencê-los a iniciar um tratamento que possa livrá-los de uma das drogas mais consumidas no País. Um em cada três (35%) consumidores de drogas ilícitas nas capitais do País usa crack, conforme pesquisa inédita da Fundação Oswaldo Cruz, divulgada na quinta-feira.
As vestimentas do médico são inspiradas em Zé Pelintra, entidade da umbanda que, segundo uma versão sobre sua morte, bebia demais e foi atropelado depois de adormecer na linha de trem. "O palhaço ajuda a estabelecer uma relação horizontal, de igual para igual, com o povo daqui. De médico, imediatamente se cria uma hierarquia que eu prefiro desconstruir", diz. Depois dos primeiros passeios, um pandeiro também passou a fazer parte dos acessórios da peregrinação. Quando os usuários viam o palhaço, muitos o rodeavam e começavam a cantar com ele.
Logo nos primeiros passos, Fanfarrone é abordado por uma mulher de cerca de 30 anos, magra, cabelos castanhos, envelhecida pela droga, que vem conversar sobre astrologia. Ela pergunta o signo do palhaço, que responde ser de escorpião. A moça conta a história do marido do mesmo signo, que consome crack com ela. "Eu fumo para ficar na brisa, para ouvir música, para fazer amor. Ele fuma e fica violento, fala bobagens, me bate. Quando escorpião dá para ser ruim, sai de baixo", diz a moça.
Uma liderança da cena local começa a acompanhar Fanfarrone, depois de comunicada de que haveria fotos e que o repórter iria junto. Pardal, de 50 anos, foi com um chapéu verde-amarelo, segurando um acessório de penas coloridas. Usa óculos sem lentes para "passar uma imagem de respeito", que ele tira durante os bate-bocas com outros frequentadores.
Pardal estava agitado na manhã de sexta, sob o efeito da pedra. Contou que a Escola de Samba Tom Maior havia sido criada em sua casa, na zona sul, e depois se emocionou ao falar do filho que foi preso aos 15 anos e só agora havia saído da prisão. Assumiu com o palhaço o compromisso de participar de um grupo de música para o bairro, projeto ainda a ser apresentado ao poder público.
Fanfarrone segue pela Helvetia em direção à Rua Dino Bueno, onde fica "o fluxo", termo usado para definir o movimento de venda e consumo intenso da pedra. Ganha um boneco de pelúcia de presente de uma moça, que pede que ele guarde o bichinho com cuidado. Metros adiante, Fanfarrone perde o boneco, levado de seu bolso por um homem.
A rua está agitada às 10h30. Barraquinhas de roupas velhas ficam na calçada, num comércio de objetos sem valor para fazer dinheiro para manter o consumo da pedra. Em outro, são vendidos carrinhos de plástico quebrados e muitos restos de equipamentos eletrônicos. Um jovem branco, de cabelos claros e compridos, tenta vender uma bela jaqueta preta, no meio do fluxo, para obter recursos e comprar mais pedra.
Fanfarrone segue decidido, passando em meio à multidão efervescente. Para a reportagem, ele diz que a escolha do palhaço não foi gratuita. "O palhaço, na verdade, deu sentido para minha vida. Aqui, eu também busco a minha cura", conta. Criado em Piracicaba, no interior de São Paulo, ele sempre foi uma criança tímida. Seus pais eram donos de uma escola de balé. Desde os 4 anos, ele assistia, discretamente, a quase todas as aulas. Depois, repetia as coreografias escondido.
Sonho. Aos 14 anos, sonhou que estava tratando de dependentes químicos. Foi quando decidiu ser psiquiatra. Sempre teve facilidade com os estudos e ingressou na USP. Junto com a Medicina, passou a fazer aulas de palhaço e conseguiu se livrar da depressão que o perseguia. "O palhaço lida com as sombras. Ele revela o lado ridículo de situações que, às vezes, levamos muito a sério. Eu sempre fui uma pessoa tímida. Passei a rir de mim mesmo, o que foi mais eficiente do que qualquer terapia. Parece que, hoje, renasci e vivo em outra encarnação", diz.
A sombra dos frequentadores da Cracolândia, para o palhaço, é o potencial muitas vezes desperdiçado daquelas pessoas. Fanfarrone continua andando no meio da confusão, com gente de olhos arregalados por todos os lados, cachimbos de aço sendo acesos, discussões e dedos em riste, quando, de repente, um cego de roupa social aparece, tentando passar no meio do fluxo com a ajuda da bengala. Tudo pode parecer muito triste, mas Fanfarrone acredita no poder terapêutico de transformar em riso a miséria humana.
Nos primeiros dois meses de atividade, ele calcula ter conseguido "construir vínculos" com 30 pessoas. Um deles era HIV positivo. Depois de saber que tinha a doença, decidiu "morrer na Cracolândia". Fanfarrone disse que hoje pessoas com aids podem sobreviver por anos, desde que medicadas. Ao saber disso, o jovem começou a se tratar. Mas permanece na Cracolândia.
Fanfarrone evita arriscar um palpite sobre quanto tempo a região ainda vai conviver com a cidade. Mas arrisca uma definição sobre o local: "a Cracolândia é a sombra da cidade de São Paulo".
Artigo retirado de Estadão. Para saber mais clique aqui.

14/09/2013

Idosos e o uso abusivo de drogas com prescrição médica.

Idosos e o uso abusivo de drogas com prescrição médica.

Dr.Renato Laks*

Quando pensamos no uso abusivo de drogas, sempre nos lembramos do álcool, cigarro e das drogas ilícitas. No entanto, existem medicamentos usados no tratamento de doenças que também causam dependência, abstinência e diversos efeitos colaterais.

Ao prescrever medicamentos que apresentam esses riscos, os médicos levam em consideração todos os outros antecedentes e tratamentos realizados pelos pacientes e a sua interação com a medicação proposta, possibilitando toda a segurança necessária para o tratamento.

Retirado de google.com
 A faixa etária mais idosa, principalmente acima dos 80 anos de idade, é a que mais cresce no Brasil e no mundo. Com o envelhecimento é comum aumentar o número de morbidades, como hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus, o que leva ao aumento do uso de medicações. Além disso, aumenta o número de especialistas acompanhando o mesmo paciente, como cardiologistas, endocrinologistas, neurologistas, entre outros. Essa polifarmácia (nome usado para o consumo de mais de 5 medicamentos diferentes pelo mesmo indivíduo) associada aos grande número de profissionais piora muito os riscos de se perder o controle adequado do tratamento e do paciente não conseguir frequentar adequadamente o grande número de consultas solicitadas pelos diferentes médicos.


Nesse contexto de muita gente envolvida, sempre existe algum parente, amigo ou conhecido que recomenda um tratamento que deu certo no passado, ampliando ainda mais o risco de uso abusivo de medicações controladas. O uso abusivo desses medicamentos controlados pode ter efeitos lesivos, semelhantes a muitas das drogas ilícitas.


Portanto, pode-se concluir ser necessária muita atenção no uso de medicamentos para que os mesmos causem o bem do paciente, com os menores riscos possíveis. Deve-se manter o acompanhamento de rotina com a equipe medica que prescreveu a medicação e sempre relatar todo o tratamento atual nas consultas, evitando-se o auto-tratamento.

* Dr.Renato Laks
Clínica Médica e Geriatria
www.renatolaks.com

12/09/2013

Lindsay trocou vício em drogas por vício em compras

Lindsay trocou vício em drogas por vício em compras

De acordo com informações do site Radar Online, em clínica, a atriz chegava a gastar até 5 000 dólares em compras online para ela e seu 'affaire'

Para compensar a falta de álcool e drogas, a atriz Lindsay Lohan se afundou em outro vício nos três meses que passou internada em uma clínica de reabilitação em Malibu, nos Estados Unidos. Segundo o site Radar Online, a atriz passou a comprar compulsivamente em lojas online, chegando a gastar, por dia, cerca de 5 000 dólares.
"Lindsay passava o dia todo fazendo compras online. Era como um vício. Ela comprava até 5 000 dólares por dias sem problema algum. A maior parte do dinheiro era gasta em roupas ", disse uma fonte que estava internada na mesma clínica ao site. "Os pacientes e a equipe da clínica começaram a se irritar com a quantidade de caixas que chegavam, até que o local ficou sem espaço para armazenar as coisas dela. Então, informaram a Lindsay que ela não podia mais comprar nada. Foi uma loucura."
A atriz, no entanto, não pagou um centavo pelas compras, segundo dizia na clínica. "Ela ficava se gabando de um cara muito rico de Nova York que a deixava usar seu cartão de crédito. Nunca perguntamos a ela quem ele era ou porque podia fazer isso, mas ela não hesitava em gastar o dinheiro dele no que quisesse", disse a fonte.

Ainda de acordo com o Radar Online, no período em que permaneceu na clínica, Lindsay teve um caso com um rapaz, a quem também mimava com compras feitas na internet. "O cara foi legal com ela, mas era tudo mentira. Falava mal dela pelas costas, e Lindsay basicamente comprou o afeto dele. Certa vez, ela lhe comprou sete pares de sapatos de uma vez só", contou a fonte.
Para saber mais, clique aqui.

10/09/2013

TEM PALHAÇO NO PROAD

TEM PALHAÇO NO PROAD
Flávio Falcone


Há 7 meses, colaboro com o acolhimento do PROAD atendendo adultos que enfrentam a problemática da dependência química. Minha ferramenta de trabalho é a arte do riso. Utilizo técnicas de treinamento de palhaço para oferecer aos pacientes uma possibilidade de se renovar o olhar para suas vidas.

O treinamento do palhaço passa pelo entendimento de que tudo é risível e  revela o estado de graça de todas as coisas. O palhaço expressa a perplexidade da criança diante do mundo. Um estado em que não há julgamento moral. Onde todos os tabus deixam de ser uma ameaça e se tornam inofensivos. A sensação provocada por uma gargalhada é a de plenitude, de gozo, de satisfação. É a conciliação entre os opostos da consciência (bem/mal, certo/errado, masculino/feminino).
Para a psicologia analítica, o riso mobiliza o contato da consciência com a função transcendente, pois no riso o homem se funde ao seu estado de origem “divina” e primitiva. Muitos comparam esse estado com a sensação do útero materno. É o retorno ao mundo do sagrado, do numinoso, cuja plenitude se confunde com a do estado primordial. É o avesso do cotidiano, a ruptura com as atividades sociais, o esquecimento do profano, um contato revigorante com o mundo dos deuses e dos demônios que controlam a vida.
Para o autor Edward Edinger, a experiência do numinoso é de extrema importância em processos de transformação psíquica. O contato com o estado primitivo é o contato com o estado de pura potencialidade, de onde pode uma nova forma ou atualidade surgir. Segundo Edinger, “os aspectos fixos e desenvolvidos da personalidade não permitem mudanças. São sólidos, estabelecidos e certos de sua correção. Somente a condição original – indefinida, fresca e vital, mas vulnerável e insegura -, simbolizada pela criança, esta aberta ao desenvolvimento e, portanto, viva.”(1)       

Para muitas pessoas, o uso de drogas esta associado a uma busca pela experiência da transcendência, pelo estado de prazer semelhante ao da fusão com o útero materno. O acolhimento de palhaço no PROAD busca atender a essa necessidade criativamente, oferecendo a experiência do retorno à infância através de exercícios cômicos. A arte do palhaço favorece a expressão de conteúdos inconscientes e faz com que o riso vença o medo de lidar com os aspectos sombrios da personalidade. Segundo Frederico Fellini, “no circo, através do palhaço, a criança pode imaginar que faz tudo o que está proibido, se vestir de mulher, armar surpresas, gritar, dizer em voz alta tudo o que pensa. No circo ninguém te repreende.  Pelo contrário, te aplaudem.”(2)
A psiquiatra Carmen Santana dá seu depoimento sobre o palhaço no seguinte texto: “no palhaço encontro, encarnada e restaurada, uma dimensão positiva e criadora do riso, que faz renascer um mundo múltiplo e fervilhante. É ele o risonho porteiro do circo que, com seu humor, nos convida para o espetáculo da vida, espetáculo de um mundo convertido em picadeiro. (...) Á medida que o palhaço incorpora, pela ação, pantomima e palavra, a coexistência de realidades opostas da vida, jogando, tateando, brincando, com estas oposições sem tentar reconcilia-las, ele nos conecta com a mobilidade do mundo mais que com sua estrutura, com o acontecer ininterrupto, mais que com a sucessão de instantes fotografados e encerrados nos limites de uma moldura. Deslizando com o palhaço em seu viver, temos estado a descobrir no mundo a sua vibração, sua graça, sua palhacice. (...) A presença do palhaço é transformadora, pois reinventa, a todo instante, nosso olhar para a vida. Por ver o mundo pelo grotesco é inofensivo e alegre, nele o medo é vencido pelo riso.”(3)



Referências:

(1)                                 Edinger, Edward F. (2006). Anatomia da Psique: o simbolismo alquímico na psicoterapia”. São Paulo, Ed. Cultrix, pág. 31
(2)                                 Fellini, F. (2004). Fazer um Filme. Rio de Janeiro, Ed. Civilização Brasileira, pág.185.
(3)                                 Sampaio, C.P. (1993). Entre Palhaços e Capitães. Junguiana Rev. Brasileira de Psicologia Analítica, no. 10, pág. 38 – 45.


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