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24/02/2013

Addiction à la cocaïne et aux psychostimulants

ADDICTION À LA COCAÏNE ET AUX PSYCHOSTIMULANTS

ADDICTION TO COCAINE AND OTHER STIMULANTS

Jérôme Lacoste 1 , Héloïse Delavenne-Garcia 3, Aimé Charles-Nicolas 1, Frederico Duarte Garcia 3 4, Louis Jehel 1 2

1 CHU de la Martinique, service de psychiatrie et psychologie médicale, addictologie et psychotraumatologie, 97261 Fort-de-France cedex, Martinique 
2 Université Paris-Sud, Inserm U669, 75679 Paris cedex 14, France 
3 Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Hospital das Clínicas da UFMG, Belo Horizonte - MG - Cep 30315-360, Brésil 
4 Université de Rouen, Inserm U1073, 76183 Rouen cedex, France 

*Jérôme Lacoste, CHU hôpital Pierre-Zobda-Quitman, service de psychiatrie et psychologie médicale, psychotraumatologie et addictologie, BP 632, 97261 Fort-de-France cedex, Martinique.



Points essentiels


Du fait de ses nombreuses formes commerciales (poudre, pasta base, crack et freebase…) et de ses multiples voies d’administration (intranasale, intraveineuse ou fumée), la cocaïne est devenue en 30ans une des drogues illicites les plus consommées dans le monde, après le cannabis.

Si la fréquence de sa consommation diminue en Amérique du Nord, elle continue à augmenter en Europe, et dans certains pays d’Amérique du Sud, notamment au Brésil, malgré une connaissance de plus en plus précise de ses effets, conséquences et complications somatiques et psychiatriques.

Dans d’autres régions du monde (Asie et Océan Indien), d’autres psychostimulants, amphétamine et dérivés amphétaminiques (notamment la méthamphétamine) aux propriétés et aux modes d’usage très proches de celles de la cocaïne, remplacent cette dernière.

Un dérivé amphétaminique, l’ecstasy ou MDMA, est également consommé par de nombreux jeunes de moins de 25ans, en Europe et en Amérique du Nord, dans un contexte festif, avec des conséquences spécifiques et des modalités de prise en charge particulières.

Alors qu’aucun traitement médicamenteux ne fait actuellement l’objet d’un consensus, l’approche thérapeutique la plus adaptée semble associer une prise en charge psychosociale à un traitement médicamenteux à visée anticraving, qui réduit les envies compulsives de consommer, facilitant le travail psychothérapeutique et social.

La recherche pharmacologique reste cependant très active, et de nombreuses pistes sont actuellement explorées (agonistes dopaminergiques ou GABAergiques, dérivés amphétaminiques à longue demi-vie, vaccin…), que ce soit pour traiter la dépendance à la cocaïne ou à la méthamphétamine.


[Addiction to cocaine and other stimulants].
Presse Med. 2012 Dec;41(12 Pt 1):1209-20.
CHU de la Martinique, service de psychiatrie et psychologie médicale, addictologie et psychotraumatologie, 97261 Fort-de-France cedex, Martinique. jerome.lacoste@chu-fortdefrance.fr


Abstract

Due to many available forms (powder, pasta base, freebase and crack…) and because of multiple routes of administration (intranasal, intravenous, or smoked), cocaine has become in 30 years one of the most consumed illegal drugs worldwide, after cannabis. 

While the frequency of consumption decreases in North America, it continues to rise in Europe, and in some countries in South America, including Brazil, despite a growing knowledge of its specific effects, physical complications and psychiatric consequences. 

Elsewhere (notably in Asia and Indian Ocean), amphetamine and other stimulants (including methamphetamine), whose properties and patterns of use are very similar to those of cocaine, tend to replace it. Another amphetamine derivative, MDMA or ecstasy, is also consumed by many young people of less than 25 years, in Europe and North America, in a festive setting, with specific consequences and special procedures of care. 

Although there is currently no consensus for a specific medication, the most appropriate therapeutic approach seems to involve a psychosocial treatment associated with an anticraving medication, which will reduce compulsive desire to consume, in order to facilitate the psychotherapeutic and social care. 

However, pharmacological research remains very active, and many options are explored (GABAergic or dopaminergic agonists, amphetamine derivatives with long half-life, vaccine…), whether to treat addiction tococaine or to methamphetamine.

16/02/2013

Espaço para consumo de drogas na França: Polêmica


Criação de espaço para consumo de drogas gera polêmica na França




O primeiro espaço para consumo de drogas, ou “sala de shoot”, como é chamada no país, promessa de campanha do presidente François Hollande, será aberto em Paris neste semestre, segundo o governo.
Ele será inaugurado nas proximidades da estação de trem Gare du Nord (de onde parte e chega o Eurostar, que liga Paris a Londres), no 10° distrito (arrondissement) de Paris.
O local irá acolher usuários de heroína, crack e cocaína, que trarão suas drogas ao local e poderão utilizá-las sem fornecer sua verdadeira identidade.
O objetivo é que as drogas possam ser consumidas em boas condições de higiene e sob a supervisão de funcionários de saúde, evitando novos casos de Aids ou de hepatite C e overdoses.
Alguns especialistas ressaltam que o fato de existir supervisão médica no momento do consumo da droga pode incitar usuários a utilizar quantidades maiores e aumenta os riscos de overdose.

Controvérsia

O prefeito do 10° distrito, o socialista Rémi Féraud, foi o único prefeito de bairro da capital a se candidatar para a abertura do local.
Viciados em drogas, sobretudo injetáveis, costumam circular nos arredores da Gare du Nord e de outra estação de trem, a Gare de l’Est, nas proximidades. Segundo o prefeito, são “centenas de toxicômanos que vagam pelas ruas” nesses locais.
Para Féraud, o sinal verde dado pelo governo para a criação de um local de consumo de drogas “com riscos menores e enquadramento médico é uma excelente notícia”.
Mas muitos não compartilham do entusiasmo do prefeito. A Academia Nacional de Medicina da França, que tem como função responder a questões do governo na área de saúde pública, divulgou um comunicado reiterando sua oposição à criação de salas de consumo de drogas.
Para a Academia de Medicina, a iniciativa pode contribuir para manter o vício do toxicômano em vez de tratar o problema da dependência química.
“A França já possui estruturas para viciados facilmente acessíveis e que fornecem tratamentos de substituição à heroína, com a utilização da metadona”, afirma a entidade.
Essas estruturas já existentes oferecem também acompanhamento psicológico e social para os viciados inscritos.
“A medicina deve tratar e não manter as doenças. Os resultados de experiências de consumo livre de drogas em salas desse tipo em outros países não permitem tirar conclusões médicas positivas”, afirma o psiquiatra Jean-Pierre Olié e membro da Academia de Medicina da França.

Críticas e exemplos internacionais

Segundo ele, experiências desse tipo em países como a Suíça, Holanda, Alemanha ou Canadá, não resultaram no aumento nem na diminuição do número de viciados, e também não levaram a um aumento no número de inscrições em programas de desintoxicação.
A Suíça foi pioneira, em meados dos anos 80, na criação de locais de consumo livre de drogas.
Olié afirma ainda que a falta de uma análise mais técnica e aprofundada das drogas utilizadas no local não permitirá verificar a natureza dos produtos injetados.
Partidos da oposição de direita também criticam a sala de “shoot” em Paris, afirmando que isso “vai encorajar e banalizar o consumo de drogas e garantir assistência ao envenenamento das pessoas”.
Uma pesquisa do Instituto Ifop revela que a maioria dos franceses é contrária às salas de consumo de drogas.
Associações de moradores e de lojistas do 10° distrito de Paris também criticam a abertura da “sala de shoot” no bairro. Eles temem que o local acabe agravando o problema do tráfico e do consumo de drogas que já existe na região.
Diante de tantas críticas, a ministra da Saúde, Marisol Touraine, disse que o governo terá “tolerância zero” em relação ao tráfico.
“Trata-se de acompanhar os viciados e fazer com que eles encontrem profissionais de saúde e possam sair da dependência”, defende a ministra.

Para ver artigo original, clique aqui.
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