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03/06/2013

Resposta Folha de S. Paulo

Resposta Folha de S. Paulo * Unifesp


Resposta Folha de S. Paulo Na edição da Folha de S. Paulo de 25 de maio, o repórter Luiz Caversan comete um grave equívoco de informação, no artigo: "As drogas e a guerra perdida", publicado em sua coluna. Segundo escreve Caversan: "(...) E ao que tudo indica o principal Estado e principal cidade do país consolidam esta linha de atuação, conforme ficou claro na participação do psiquiatra Ronaldo Laranjeira no programa Roda-Vida (TV Cultura) da última segunda-feira. Laranjeira, porta-voz de tudo o que se refere a drogas na Universidade Federal de São Paulo, agora também é responsável pela aplicação do programa do governo do Estado em que a tal "bolsa crack" se inclui e ainda por um outro programa referência da prefeitura paulistana, no populoso hospital Heliópolis." A afirmação segundo a qual o psiquiatra Ronaldo Laranjeira é "porta-voz de tudo o que se refere a drogas na Universidade Federal de São Paulo" é absolutamente incorreta. 

As posições defendidas pelo Prof. Ronaldo Ramos Laranjeira no Programa Roda-Viva exibido na semana passada na TV Cultura expressam sua posição pessoal sobre o tema, não sendo consensual nesta universidade. Como é próprio à natureza de uma universidade plural e democrática, há espaço para amplo debate de ideias e coexistem diferentes pontos de vista sobre esta e outras questões. 

Existem na Unifesp outros pesquisadores atuantes na mesma área, também reconhecidos nacional e internacionalmente, que não compartilham do seu ponto de vista e se posicionam a favor das políticas de redução de danos e outras iniciativas que visam promover uma visão mais abrangente da questão, não a limitando a ações na área da saúde mas promovendo ações educativas, de reinserção social e discussão política sobre os aspectos legais envolvendo esta complexa questão. Prof. Dra. Florianita Coelho Braga Campos Pró-reitora de Extensão da Unifesp.

02/06/2013

Dependente do atraso

Dependente do atraso

Cedo espaço à análise pertinente de Dartiu Xavier e Ilana Szabó a respeito da postura conservadora do Brasil no debate mundial sobre as drogas
por Wálter Maierovitch ( CARTA CAPITAL ) 
Usar o código penal e leis ordinárias complementares com base na falsa crença de servirem para reduzir a demanda às drogas ilícitas representa uma linha política fracassada no planeta. Os governos norte-americanos, republicanos ou democratas, acreditaram nesse simplismo e, perante as Nações Unidas, obtiveram sucesso e aprovaram em 1961 uma Convenção Única de cunho proibicionista e ainda em vigor. Os Estados Unidos tornaram-se os campeões de consumo e, na referida convenção, restou escrito que as drogas proibidas seriam “erradicadas” em 25 anos. A convenção entrou em vigor em 1964 e o tal prazo findou em 1989. Para Alain Labrusse, do Observatório Francês, “uma questão sanitária, de saúde pública, transformou-se em instrumento regulador do equilíbrio mundial”. Para se ter ideia, segundo o Fundo Monetário, o dinheiro derivado do narcotráfico, depois reciclado (lavado) principalmente no sistema financeiro, representa de 3% a 5% do PIB mundial.
O mesmo caminho de ignorar o fenômeno e mesmo assim legislar a respeito adotou o Brasil no projeto, já aprovado na Câmara, do deputado Osmar Terra (PMDB-RS). Sobre o fenômeno das drogas proibidas, transcrevo as sempre pertinentes e irrespondíveis colocações de Dartiú Xavier da Silveira, médico-psiquiatra e professor da Unifesp. O artigo foi escrito em parceria com Ilona Szabó de Carvalho, da rede Pense Livre:

“Enquanto o Ocidente vive um momento crucial no que diz respeito a políticas de drogas, nas Américas um grupo crescente de líderes, tanto da direita quanto da esquerda, clama por mudanças. Um novo relatório divulgado pela Organização dos Estados Americanos em 17 de maio é enfático: devemos nos mover em direção à descriminalização das drogas. O status quo vigente mostra-se insustentável.

Descriminalizar não é legalizar. É tratar o uso das drogas atualmente ilícitas como problema de saúde pública e não como crime.
O custo decorrente das políticas criminalizadoras e repressivas para famílias e comunidades, e sobretudo para os jovens, é a razão primordial para uma mudança de rumo. A América Latina responde por apenas 9% da população mundial, mas sofre com mais de 30% dos homicídios globais, e suas prisões estão superlotadas. Só no Brasil, cerca de 50 mil indivíduos são mortos violentamente a cada ano, e já temos a quarta maior população carcerária do mundo.

As políticas repressivas consomem verdadeiras fortunas. Surpreendentemente, os verdadeiros investimentos sociais em prevenção e tratamento, mais eficazes para reduzir o consumo e os danos causados pelas drogas, são comparativamente insignificantes. Os profissionais de saúde concordam que as políticas públicas devam se basear em evidências. Países como Portugal, Suíça, Espanha e República Tcheca têm liderado mudanças a partir de abordagens mais bem-sucedidas e menos danosas do que a simples repressão. E os resultados são claros: menos mortes e doenças, menos corrupção, redução da criminalidade e do poder do crime organizado.
No Brasil, infelizmente, velhas ideias sobrevivem, sustentadas por desinformação e preconceito. Exemplo do nosso atraso foi a aprovação, na Câmara dos Deputados, do Projeto de Lei 7.663, de autoria de Osmar Terra. O texto aprovado reforça o papel da política de internação involuntária em entidades privadas, medida de exceção cara e pouco eficaz já prevista em lei, em detrimento de investimentos no fortalecimento de uma rede pública de tratamento da dependência.
Desde os anos 1970, os Estados Unidos já gastaram mais de 1 trilhão de dólares na “guerra às drogas”. E o que aconteceu dentro de suas fronteiras? Atualmente, as drogas ilícitas são baratas e mais acessíveis do que nunca. A taxa de dependência permanece no mesmo patamar de quando a guerra foi declarada, atingindo perto de 1,3% da população. Hoje, os EUA possuem, de longe, a maior população prisional do planeta, o que implica custos econômicos, humanos e sociais gigantescos.
O proibicionismo fundamenta-se no medo e na crença de que punir é mais eficiente do que informar, regular e tratar. Defendida por um número cada vez menor de pesquisadores, essa abordagem é incompatível com as boas práticas da saúde pública, que devem se pautar no pragmatismo, com base em evidências, visando à redução de danos individuais e coletivos.
A OEA tem convocado todos os países das Américas para esse debate. Não podemos ficar para trás."

Para ver artigo completo, clique aqui.

31/05/2013

CBN: Mudança do Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas não deve ter tanta resposta

CBN SP - Mudança do Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas não deve ter tanta resposta - CBN


Entrevista com Elton Kanomata, psiquiatra do programa de orientação e atendimento a dependentes da Universidade Federal de São Paulo.


Para ver a reportagem no site da CBN, clique aqui.

29/05/2013

New report looks at use of cocaine paste in Peru

New report looks at use of cocaine paste in Peru


A new UNODC report has analyzed for the first time the problem and impact in Peru of pasta basica de cocaína - cocaine paste, PBC, pastabasucopitillo orpaco as it is commonly known in parts of South America -since its appearance more than four decades ago. The abuse of PBC leads to serious dependence, and has become a growing problem in Peru and many South American countries.
PBC is an intermediary product in the manufacture of cocaine, where coca leaves are mixed with industrial chemicals and solvents, such as sulphuric acid and kerosene. Abusers typically smoke PBC, and the drug generates severe physical and psychological dependence within weeks of use, making it much more complex and difficult to treat than opiate use. PBC use further induces psychosis and exposes users to a series of health risks, such as shortness of breath, heart attack, brain damage, infections as well as anti-social and even criminal behaviour. In parts of South America, PBC use has created serious challenges for public health systems.
Readily available and relatively low-cost, PBC use carries the risk of creating a potentially explosive health epidemic with severe social consequences. The report, produced by UNODC and the Peruvian DEVIDA (National Drug Commission), shows that in Peru six out of ten PBC users develop drug dependence problems. It found that, among juvenile offenders in the country, 21.8% declared high prevalence of PBC use, and with the beginning age of consumption as early as 13, the potential for large-scale dependence is high. Further, previously considered a 'poor man's drug' due its low-cost, PBC usage is no longer concentrated among low income users, as during the last two decades the number of affluent users has increased.
The report was produced with the aim of increasing knowledge about the use of PBC and its implications for Peruvian society in order to inform strategies to promote prevention and treatment policies in the country. "Illicit drug use and dependence are a public health concern" said UNODC Representative in Peru Flavio Mirella. "Given the scale of the PBC problem in Peru, we encourage the Government and its partners to design prevention strategies to discourage its use and to make available treatment options that respect human rights and are designed according to the needs of addicts", he concluded.

Complete article, here.

27/05/2013

Cerveja deixa homens mais inteligentes, diz pesquisa

Cerveja deixa homens mais inteligentes, diz pesquisa


Após ingerir algumas cervejas, os homens conseguiram resolver mais jogos de quebra-cabeças, e mais rápido, do que seus oponentes sóbrios.


São Paulo – Já dizia o cantor pernambucano Chico Science. “Uma cerveja antes do almoço é muito bom para ficar pensando melhor”. Uma pesquisa feita pela Universidade de Illinois, em Chicago, parece comprovar uma parte do verso da música citada acima. Independente da hora do dia, homens que bebem cerveja ficam mais inteligentes.

Os pesquisadores descobriram que, após ingerir algumas cervejas, os homens conseguiram resolver mais jogos de quebra-cabeças, e mais rápido, do que seus oponentes sóbrios, segundo o NY Daily News.   
Os pesquisadores selecionaram um grupo de 40 homens, aos quais foram dadas três palavras. A eles foi delegada a missão de encontrar uma quarta, que fizesse correspondência com as outras três. Por exemplo, a palavra “Queijo” poderia combinar com “Cottage”, “Roquefort” ou “Suíço”.
Eles foram separados em dois grupos iguais. Uma metade bebeu duas tulipas de cerveja (quantidade considerada moderada) e a outra ficou sem nada. O grupo que ingeriu cerveja resolveu 40% mais jogos. Eles também levaram 12 segundos para resolver cada problema, enquanto o grupo que não bebeu gastou 2,5 segundos a mais.
A pesquisa lança uma luz para tentar explicar por que escritores com problema de alcoolismo, como Ernest Hemingway e Charles Bukowski, produziram obras artísticas de grande valor criativo. 

Para ver artigo da Exame completo, clique aqui.
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