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19/02/2013

Série semanal Drogas: O Crack

SÉRIE SEMANAL DROGAS: HOJE
CRACK



Crack: O Crack é uma substância estimulante do Sistema Nervoso Central, sendo que tal substância é advinda do Cloridrato de cocaína, sendo que a forma usual de uso são as formas aspirada ou dissolvida em água para uso intravenoso.

Como a cocaína sofre alterações quando submetida ao calor, para que a forma fumada seja usada necessita-se trabalhar tal composto com a adição de bicarbonato de sódio e água.
Tal droga recebe este nome, pois em tal preparado a pasta de cocaína se torna endurecida, se quebrando em pedaços e emitindo sons que lembram o som da palavra “crack”.

Quando se fuma o crack, ele entra pelos pulmões, órgão este intensivamente vascularizado e com grande superfície, levando a absorção instantânea. Por meio da circulação chega ao cérebro causando os efeitos da cocaína, porém muito mais rapidamente do que por outras vias.

Tão rápido quanto o início dos efeitos é a duração da manutenção deste efeito ( 5 minutos na forma fumada diferente da cocaína que pode durar de 20 a 45 minutos ), o que faz com que o usuário necessite utilizar mais vezes a substância.

Em relação ao fumo do crack ele é realizado por meio de cachimbos, desde os mais comuns, feitos de madeira,  desde aqueles confeccionados de latas de alumínio, canos de plástico ou metal, copos de plástico, entre outros.

Efeitos

Os efeitos após a pipada( ato de fumar o crack em cachimbos ) são:
1.       Sensação de grande prazer
2.      Intensa euforia e poder

Estes efeitos duram muito pouco tempo ( no máximo 5 minutos ), o que pode levar o usuário a consumir a substancia de forma compulsiva, termo este conhecido como fissura, que nada mais é do que o desejo incontrolável do usuário em sentir novamente o prazer que sentiu com o uso.

Além disso, a substância pode provocar efeitos como agitação psicomotora e agressividade. O uso do Crack é envolto por três situações graves que acometem seus usuários: PARANOIA,  FISSURA E DEPRESSÃO PÓS-USO.

Com o uso prolongando os usuários podem sentir:

·         Insônia
·         Hiperatividade
·         Estado de excitação
·         Perda da sensação do cansaço
·         Falta de apetite ( bem usual chegando a causar perda de peso extrema ), 8 a 10kg em menos de um mês

Além disso, com o tempo prolongado de uso o usuário pode perder as noções básicas de higiene, sentir cansado e depressivo.

Outros problemas ligados ao uso são:

·         Aumento da pressão arterial,
·         Risco de infartos e acidentes vascular encefálico (AVE),
·         Baixa de imunidade devido à má nutrição,
·         Predisposição a doenças pulmonares,
·         Lesão em lábios e boca por queimaduras ( com maior risco de se contrair Herpes e Hepatite C )

Redução de danos

Segundo Andrade et al , 2001; a “Redução de danos é uma política de saúde que se propõe a reduzir os prejuízos de natureza biológica, social e econômica do uso de drogas, pautada no respeito ao indivíduo e no seu direito de consumir drogas”.

Estratégias de Redução de Danos para os usuários de Crack

·         Uso de folhetos explicativos, trabalhando-se com o incentivo a redução de uso ou mesmo migração para padrões de uso menos danosos;

·         Uso do cachimbo, já que o uso pode ser feito em locais nada higiênicos, como latas e copos usados oferecendo riscos de intoxicação devido a resíduos de certos materiais;

·         Uso de bocais removíveis nos cachimbos;

·         Substituição do Crack por substâncias que comparativamente causem menos danos, como o mesclado, “freebase” e a maconha;

·         Distribuição de preservativos e saches de lubrificantes;

·         Uso de protetores labiais para evitar possíveis rachaduras em região de boca, evitando a transmissão de DST’s.

Referências:

Niel, Marcelo; da Silveira, Dartiu Xavier. Drogas e Redução de Danos: uma cartilha para profissionais da saúde- São Paulo, 2008.
Cebrid. Livreto informativo sobre drogas psicotrópicas. São Paulo, 2010.

Retirado do usuário Jamacor2 do Youtube.

17/02/2013

Not Just Injecting, But Connecting


Canada's highest court unchains injection drug users; implications for harm reduction as standard of healthcare.


 2012 Jul 20;9(1):34. doi: 10.1186/1477-7517-9-34.


Canada's highest court unchains injection drug users; implications for harm reduction as standard of healthcare.


Source

PHS Community Services Society, 20 West Hastings Street, Vancouver, British Columbia, V6B 1G6, Canada. dan@phs.ca.

Abstract

North America's only supervised injection facility, Insite, opened its doors in September of 2003 with a federal exemption as a three-year scientific study. 

The results of the study, evaluated by an independent research team, showed it to be successful in engaging the target group in healthcare, preventing overdose death and HIV infections while increasing uptake and retention in detox and treatment. 

The research, published in peer-reviewed medical and scientific journals, also showed that the program did not increase public disorder, crime or drug use. 

Despite the substantial evidence showing the effectiveness of the program, the future of Insite came under threat with the election of a conservative federal government in 2006. 

As a result, the PHS Community Services Society (PHS), the non-profit organization that operates Insite, launched a legal case to protect the program. On 30 September 2011, Supreme Court of Canada ruled in favour of Insite and underscored the rights of people with addictions to the security of their person under section 7 of the Charter of Rights and Freedoms (Charter of Rights). 

The decision clears the ground for other jurisdictions in Canada, and perhaps North America, to implement supervised injection and harm reduction where it is epidemiologically indicated. 

The legal case validates the personhood of people with addictions while metaphorically unchaining them from the criminal justice system.

Free article, clique here.

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16/02/2013

Espaço para consumo de drogas na França: Polêmica


Criação de espaço para consumo de drogas gera polêmica na França




O primeiro espaço para consumo de drogas, ou “sala de shoot”, como é chamada no país, promessa de campanha do presidente François Hollande, será aberto em Paris neste semestre, segundo o governo.
Ele será inaugurado nas proximidades da estação de trem Gare du Nord (de onde parte e chega o Eurostar, que liga Paris a Londres), no 10° distrito (arrondissement) de Paris.
O local irá acolher usuários de heroína, crack e cocaína, que trarão suas drogas ao local e poderão utilizá-las sem fornecer sua verdadeira identidade.
O objetivo é que as drogas possam ser consumidas em boas condições de higiene e sob a supervisão de funcionários de saúde, evitando novos casos de Aids ou de hepatite C e overdoses.
Alguns especialistas ressaltam que o fato de existir supervisão médica no momento do consumo da droga pode incitar usuários a utilizar quantidades maiores e aumenta os riscos de overdose.

Controvérsia

O prefeito do 10° distrito, o socialista Rémi Féraud, foi o único prefeito de bairro da capital a se candidatar para a abertura do local.
Viciados em drogas, sobretudo injetáveis, costumam circular nos arredores da Gare du Nord e de outra estação de trem, a Gare de l’Est, nas proximidades. Segundo o prefeito, são “centenas de toxicômanos que vagam pelas ruas” nesses locais.
Para Féraud, o sinal verde dado pelo governo para a criação de um local de consumo de drogas “com riscos menores e enquadramento médico é uma excelente notícia”.
Mas muitos não compartilham do entusiasmo do prefeito. A Academia Nacional de Medicina da França, que tem como função responder a questões do governo na área de saúde pública, divulgou um comunicado reiterando sua oposição à criação de salas de consumo de drogas.
Para a Academia de Medicina, a iniciativa pode contribuir para manter o vício do toxicômano em vez de tratar o problema da dependência química.
“A França já possui estruturas para viciados facilmente acessíveis e que fornecem tratamentos de substituição à heroína, com a utilização da metadona”, afirma a entidade.
Essas estruturas já existentes oferecem também acompanhamento psicológico e social para os viciados inscritos.
“A medicina deve tratar e não manter as doenças. Os resultados de experiências de consumo livre de drogas em salas desse tipo em outros países não permitem tirar conclusões médicas positivas”, afirma o psiquiatra Jean-Pierre Olié e membro da Academia de Medicina da França.

Críticas e exemplos internacionais

Segundo ele, experiências desse tipo em países como a Suíça, Holanda, Alemanha ou Canadá, não resultaram no aumento nem na diminuição do número de viciados, e também não levaram a um aumento no número de inscrições em programas de desintoxicação.
A Suíça foi pioneira, em meados dos anos 80, na criação de locais de consumo livre de drogas.
Olié afirma ainda que a falta de uma análise mais técnica e aprofundada das drogas utilizadas no local não permitirá verificar a natureza dos produtos injetados.
Partidos da oposição de direita também criticam a sala de “shoot” em Paris, afirmando que isso “vai encorajar e banalizar o consumo de drogas e garantir assistência ao envenenamento das pessoas”.
Uma pesquisa do Instituto Ifop revela que a maioria dos franceses é contrária às salas de consumo de drogas.
Associações de moradores e de lojistas do 10° distrito de Paris também criticam a abertura da “sala de shoot” no bairro. Eles temem que o local acabe agravando o problema do tráfico e do consumo de drogas que já existe na região.
Diante de tantas críticas, a ministra da Saúde, Marisol Touraine, disse que o governo terá “tolerância zero” em relação ao tráfico.
“Trata-se de acompanhar os viciados e fazer com que eles encontrem profissionais de saúde e possam sair da dependência”, defende a ministra.

Para ver artigo original, clique aqui.
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